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ECONOMIA

Prosperidade econômica local depende de fixação de renda e governo participativo, afirma consultor

Fixação de renda como estratégia para o desenvolvimento local foi tema da palestra do diretor da Forward Consultoria, Gilmar Barboza, durante a Pré-Convenção Regional da Faciap, em Toledo, na terça-feira (2). O consultor discutiu a importância da fixação de renda para dinamizar a economia local e desenvolver os pequenos negócios. Ele destacou que o desafio dos gestores e sociedade civil para garantir prosperidade econômica local é fazer com que as riquezas produzidas aqui circulem e permaneçam pelo maior tempo possível na cidade, mas para que isto ocorra será necessário um modelo de governança que envolva os diversos atores sociais.

03/08/2011 - 14:33


Gilmar Barboza problematizou aspectos vistos como vilões da evasão de renda como a transferência feita pela sociedade de R$ 1,85 trilhão em impostos a governos; e o gasto de  1/3 da renda de cada brasileiro com pagamento de encargos e tarifas bancárias; as compras virtuais que crescem 25% ao ano; e as despesas com saúde que correm 42% da renda da terceira idade.

“A renda do brasileiro é baixa se comparada a outras economias e parte significativa desta renda não é dirigida à dinamização da economia local e quando diminui a renda em circulação no município os pequenos negócios são duramente afetados”.

Barboza alerta que, para dinamizar a economia é preciso aumentar o período em que os recursos permaneçam no município e também, ampliar a quantidade de moeda circulando e em maior velocidade.

“O mapa da mina é promover o acesso ao crédito; agregação do valor; desenvolver uma fabrica de projetos; apoio a comercialização; gestão tributária; turismo de negócio e saúde, educação religião e lazer; estimulo aos negócios e investimentos; dinamizar o mercado imobiliário; estimular as compras governamentais; desburocratização da formalização das empresas; capacitação técnica, educação financeira e economia doméstica”.

O palestrante enfatiza que o desenvolvimento econômico depende de ações sistemáticas e regionalizadas. “É preciso diagnosticar onde estão os problemas. Se o município tem problemas de degeneração social, então é preciso ter políticas que promovam o lazer, a educação e cultura. É preciso também, reter o capital humano, pois evasão de cabeças pensantes é confisco do futuro”.

Gilmar Barboza sintetiza que o desenvolvimento local depende da fixação de renda, da maior circulação e permanência da moeda nos municípios, mas também exige um modelo de governança que evolva diversos atores sociais. “Primeiro é preciso entender o município, diagnosticar o ambiente favorável aos negócios e aos cidadãos. E aí entra o papel dos conselhos, pois é preciso que se tenha um modelo de governança, onde se consiga fazer uma costura entre lideranças da comunidade, lideranças empresariais, poder público e outros agentes para que se trabalhe em conjunto pela promoção do desenvolvimento”.

O diretor da Forward Consultoria, Gilmar Barboza comentou em vídeo reportagem, alguns pontos de sua palestra. Confira!

 

 

 

 

 

Por Selma Becker

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