Segundo Marcos Uda, consultor da Unidade de Inovação e Competitividade (UIC) do Sebrae/PR, estima-se que existam, atualmente, 70 milhões de internautas e, desses, 25 milhões utilizam a internet para comprar produtos ou serviços. “É um mercado amplo que elimina fronteiras. Mas para entrar é preciso que o empresário estude e planeje suas ações, assim como em qualquer negócio”, destacou.
Para auxiliar nesse processo, justificou Marcos Uda, o Sebrae disponibiliza o Click Marketing, uma ferramenta online que possibilita apoio ao empresário na construção do planejamento estratégico de marketing para sua empresa. “Acessando o site www.clickmarketing.sebrae.com.br e seguindo as nove etapas sugeridas pela ferramenta, o empresário consegue fazer, sem custos, o plano de marketing da empresa e, no caso de dúvidas, a solução oferece, ainda, espaço de consultoria online”, explicou.
Antes de entrar no mundo virtual, enfatizou o consultor, o empresário precisa estar preparado com informações como o nicho de mercado que pretende atuar, a abrangência desse mercado, o público que pretende atingir, dentre outros. “Na internet, é necessário evitar o máximo possível o erro, pois ele se multiplica e fica registrado na rede. Planejar é uma das formas de acertar mais.”
Foi exatamente a preparação para entrar em novo mercado que levou o empresário de Toledo, Airton Malheiro, ao seminário do Ciclo MPE.net em Cascavel. “Estou há cerca de oito anos produzindo acessórios de alumínio e vidro para escritório e penso em expandir meu mercado com a internet. Quero ir para esse caminho, mas ainda não sei como. O seminário veio na hora certa, porque estou tendo a oportunidade de conhecer novas ferramentas e tirar minhas dúvidas antes de começar um novo negócio”, declarou o empresário.
Outra ferramenta apresentada pelo Sebrae/PR, durante o evento, foi o Bolsa de Negócios (www.bolsa.sebrae.com.br), uma solução empresarial do Sebrae que visa facilitar parcerias comerciais de dentro para fora da rede. “O Bolsa de Negócios é como uma vitrine para a empresa. Ao fazer o cadastro no site, o empresário pode conhecer produtos ou serviços complementares aos seus, na busca por fornecedores, por exemplo; ou então apresenta seus produtos e serviços para outras empresas cadastradas, abrindo novos mercados”, argumentou Marcos Uda, do Sebrae/PR.
O Bolsa de Negócios também chamou a atenção dos participantes do seminário. Sandra Mara Corso e Bianca Liberato, que atuam no setor de marketing de uma empresa de equipamento para área da saúde em Cascavel, não conheciam a ferramenta e gostaram da solução. “A empresa trabalha com comércio eletrônico há cinco anos e, de lá pra cá, houve muita evolução nesse mercado. Não conhecíamos o Bolsa de Negócios e vamos levar a informação para a empresa participar”, registraram.
Conhecimento
O Ciclo de Seminários – Comércio Eletrônico para Micro e Pequena Empresa – Ciclo MPE.net é uma iniciativa da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), com o patrocínio dos Correios, Sebrae, PagSeguro, além do apoio institucional de empresas e entidades parceiras.
Na avaliação do gerente da Regional Oeste do Sebrae/PR, Orestes Hotz, as portas se abrem cada vez mais para as micro e pequenas empresas crescerem e, no comércio eletrônico, não é diferente. “No Brasil, enquanto o comércio tradicional cresce cerca de 3%, o eletrônico avança 40%. Queremos mostrar para os empreendedores de pequenos negócios que, quando se fala nesse segmento de mercado, a oportunidade é para todos e não se tem limites”, apostou Hotz.
De acordo com o consultor da camara-e.net, Edilson Flausino, a maioria das empresas já inseridas no mercado eletrônico é de grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro e, a maior fatia desse mercado é de grandes empresas. “Ainda existe resistência por parte de empresas familiares em ingressar no comércio eletrônico. Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com bastante concentração de grandes empresas, têm 65% de participação no mercado eletrônico enquanto que o Paraná soma 5%”, enumerou Flausino.
Mesmo que a empresa escolha não comercializar seus produtos ou serviços na internet, complementou o representante da camara-e.net, a internet também pode ser forte aliada. “O comércio eletrônico é como uma filial da loja física. Mas a empresa ainda pode usar a rede para divulgação em sites de compras coletivas, em redes sociais e, principalmente, tendo o reforço de um site próprio para se comunicar com seus clientes e ser visto por novos consumidores”, relatou.
Também fizeram parte da programação do evento, em Cascavel, representantes da Embratel, com a palestra “Conectividade e Banda Larga”; do Fast Commerce, com o tema “Montando e operando uma loja virtual de sucesso”; técnicos da escola Internet Innovation, ministrando sobre “Comércio Eletrônico e Marketing Digital”; e a agência M.Eduardo, de Cascavel, com o tema “Publicidade Online e Marketing Digital”.
