No início da manhã, desta segunda-feira (10), ocorreu um princípio de incêndio na Escola Municipal Carlos João Treis, na Vila Pioneiro. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o fogo foi contido pela brigadista da própria Escola, crianças e profissionais evacuaram o prédio em segurança.
A suspeita é de que ocorreu um curto-circuito na lâmpada da cozinha, no térreo do prédio. As chamas não se alastraram para outros ambientes da Escola. Acima da cozinha fica o laboratório de informática, no momento do sinistro, as crianças da Educação Infantil estavam em aula.
A Escola conta com 300 alunos, mas todos foram retirados em segurança, não houve nenhum ferido. Segundo a Diretora, Cassandra Domenica Kreozer tão logo detectado o princípio de incêndio professores e toda a equipe escolar deram início ao protocolo. “A gente já faz esse trabalho com as crianças de simulação de evacuação do espaço, desta vez, explicamos que não se tratava de uma simulação e começamos evacuar de cima para baixo porque a fumaça estava subindo pelas escadas, mas deu tudo certo, levamos todos em segurança para a quadra”.
A Secretária de Educação, Janice Salvador destacou a importância da equipe seguir os protocolos. “Uma primeira questão, isso reforça a importância de nós trabalharmos com os planos de fuga. Faz parte do calendário escolar: profissionais e crianças são preparados para evacuarem o prédio em caso de necessidade, como esta que ocorreu na Escola Municipal Carlos João Treis”.
Segundo Janice Salvador técnicos em Segurança do Trabalho, eletricistas e engenheiros da prefeitura estavam no local. “Eles já identificaram o problema, apenas a cozinha segue sem energia, o restante do prédio tem luz. Hoje liberamos as crianças, até porque se instalou um ambiente um pouquinho tenso, hoje elas ficam em casa, a partir de amanhã elas voltam normalmente, e a cozinha fica sem luz até que tudo esteja devidamente ajustado”.
Em nota, o Capitão do Corpo de Bombeiros, Guilherme Rodrigues de Lima relata que o incidente teve origem em uma luminária localizada na cozinha, que entrou em combustão, gerando chamas e intensa fumaça. Que a brigadista utilizou o extintor de incêndio para combater as chamas. Paralelamente, outros colaboradores notificaram o Corpo de Bombeiros, interromperam o fornecimento de energia elétrica e fecharam a central de GLP. Simultaneamente, foi executado o plano de evacuação da edificação. O tempo estimado para a evacuação completa foi inferior a seis minutos.
“O preparo e a pronta resposta das professoras e demais colaboradoras foram fundamentais para o êxito e a segurança da operação. O Corpo de Bombeiros oferece anualmente treinamentos aos profissionais da educação, além de realizar simulados para práticas de evacuação e intervenção. Manifestamos nosso reconhecimento e homenagem a todas as profissionais que, com competência, asseguraram a integridade de nossas crianças”.
Medidas de segurança
Janice enfatizou ainda, a necessidade de ser revista as estruturas das escolas. “O prédio da escola Carlos João Treis nos preocupa pela sua organização, pela sua construção. Nós precisamos intervir aqui com saídas de emergência e atuar mais firmemente na questão da segurança, neste prédio e em todos os outros em que isso se fizer necessário”.
A Secretária alertou para a necessidade de se rever as instalações elétricas. “A rede elétrica, talvez hoje, seja um dos grandes desafios da rede municipal de ensino. Já estamos revendo de duas unidades e temos uma lista de pedidos de outras Escolas. De modo geral são prédios mais antigos, são instalações mais antigas e ao longo do tempo as escolas e o município investiram muito, por exemplo, em aparelhos de ar-condicionado, geladeiras, freezers e bebedouros. A quantidade de aparelhos elétricos é grande e a estrutura das instalações elétricas demonstra não suportar toda essa carga, então a gente tem um grande desafio aqui em Toledo”.
Já está em andamento a revisão elétrica de algumas Escolas. “As Escolas Amélio Dalbosco e Henrique Brod, os projetos estão prontos e deverão ser executados em poucos dias. Estamos atuando na elaboração do Projeto Elétrico da Escola Tancredo Neves e assim, sucessivamente nós faremos em outras unidades”, anunciou a Secretária.
Criança esquecida
Outro tema abordado pela Secretária Municipal de Educação na Coletiva à Imprensa foi o ocorrido na última sexta-feira (7), quando uma criança foi esquecida no transporte escolar.
“Tivemos um fato lamentável na sexta-feira, quando uma criança foi esquecida no transporte solar. É claro que o fato de ter sido esquecida significa que o protocolo não foi cumprido! Ou seja, quando se chega ao final da rota precisa entrar no ônibus verificar, observar de modo geral, se não ficou algum pertence ou alguma criança tenha adormecido, como foi o caso desta criança”, relatou Janice.
A secretária relembrou. “A criança esteve o dia todo fora de casa, saiu cedinho e passou o dia todo na escola, certamente estava muito cansada, acabou adormecendo e o motorista não observou, não cumpri o protocolo e a criança permaneceu no veículo”.
De acordo com a Secretária, o município já está adotando algumas medidas. “Nós estamos tomando as medidas administrativas em relação à empresa e ao motorista. Ainda hoje conversaremos com o pai lá na Secretaria da Educação”.
Outra medida que a Secretária anunciou é uma mudança na próxima licitação. “Isso reforça algo com o que nós já estamos trabalhando, precisamos de monitores nos nossos ônibus porque as crianças têm ficado muito mais tempo no transporte escolar, a diferença de idade entre as crianças é bastante grande. Elas estão se deslocando de pontos muito distantes e essa rota da qual nós estamos falando, por exemplo, as crianças saem da região do Panorama e vão a Cerro da Lola, então nós estamos falando de mais de 24 Km de deslocamento de manhã e à tarde, então essa conjuntura toda do transporte escolar requer de fato que novas medidas sejam tomadas”. A medida será possível para a próxima licitação, para 2026. “Obviamente que isso significa mais custo porque o empresário terá que contratar além do motorista, o monitor. Essa conta é conta a prefeitura vai pagar, mas a segurança das crianças exige”, advertiu Janice.