Os resultados do terceiro Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LirAa) de 2025, divulgados na manhã desta sexta-feira (9) pelo Setor de Controle e Combate às Endemias, apontaram índice de infestação predial (IIP) médio de 2,1%. Embora a taxa permaneça acima do limite considerado seguro (1%) por autoridades de saúde, o número representa uma melhora em relação ao LirAa anterior, realizado em março, quando o índice chegou a 3,7%.
O levantamento foi conduzido entre segunda e terça (5 e 6), período em que agentes de combate a endemias (ACE) visitaram cerca de 2.500 imóveis distribuídos por todos os bairros da cidade. A amostragem seguiu critérios estabelecidos por plataforma do Ministério da Saúde, que sorteia os endereços a serem inspecionados.
Apesar da redução, os dados continuam exigindo atenção. O levantamento revelou que cinco regiões concentram os maiores índices de infestação: Iaschombeck II (16,66%), Independência (14,28%), América I (12,82%), Tancredo II (10,70%) e Santa Clara III (10,52%). Já entre os principais focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, destacam-se baldes (18,57%), vasos de planta (17,14%), lixo doméstico (12,86%), lonas (10%), ralos e pneus (5,71%, cada).
Cenário epidemiológico – Desde o início do ano, o município já confirmou 723 casos de dengue (87 a mais que na semana passada, crescimento de 13,98%) e ainda há 1.121 dos 4.380 pacientes notificados (que procuraram serviços públicos e privados de saúde com sintomas da doença) aguardando resultado, o qual deu negativo ou inconclusivo em 2.536 oportunidades.
A situação em relação à febre chikungunya, a situação também demanda cuidados, pois Toledo acaba de confirmar os dois primeiros casos autóctones (contraídos dentro do próprio território) da doença. Somando estes a outros quatro importados, o município já tem seis diagnósticos confirmados, sendo que há ainda 14 pacientes aguardando resultado de exames, que já deram negativo em 13 ocasiões.
O coordenador do Setor de Combate às Endemias, Antônio José Sousa de Moraes, a edição mais recente do LirAa reforça a necessidade de uma mobilização contínua da população no combate ao Aedes aegypti. “Com o resultado do levantamento em mãos, já começamos um trabalho educativo e de remoção de criadouros do mosquito focado nas regiões onde o IIP foi mais alto. Não podemos baixar a guarda. Mesmo com a redução no índice, o risco ainda existe e todos, poder público e comunidade, devem fazer a sua arte”, salienta.