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SAÚDE

Dieter Seyboth consegue Habeas Corpus e evita prisão

No final desta terça-feira (20), o Chefe da 20ª Regional de Saúde, Dieter Seyboth conseguiu habeas corpus evitando assim sua prisão. O mandado de prisão foi pedido MP e autorizado pelo judiciário conforme nota do Ministério Público, Seyboth descumpriu ação civil pública em favor do paciente de neurologia, para que o Estado do Paraná providenciasse um leito adequado para a situação ou transferisse o paciente para um hospital da rede privada, às custas do Poder Público, a fim de evitar seu óbito ou o surgimento de seqüelas em razão da demora.

20/12/2011 - 21:09


Ainda na tarde desta terça-feira o MP emitiu uma nota complementar explicando as razões que levaram a tal medida. “Em complemento à nota pública envolvendo omissão estatal no atendimento de paciente que necessitava de atendimento emergencial especializado, cuja ação resultou na expedição de ordem de prisão do Chefe da 20ª Regional da Saúde de Toledo, esclarecemos que a drástica medida foi adotada em virtude das constantes intervenções do Ministério Público na defesa da saúde pública da população, considerando que o atendimento médico especializado na comarca de Toledo tornou-se um caos nos últimos meses, ensejando a propositura de 32 ações civis públicas contra o Estado do Paraná, conforme dados inclusos, sendo que 02 casos evoluíram para a morte dos pacientes, ensejando a apuração mediante Inquéritos Policiais atualmente em trâmite. Do exposto, o Ministério Público esclarece à sociedade toledana que a gravidade da situação envolvendo tais casos ultrapassou os limites de tolerância, dando ensejo à adoção de medidas mais gravosas contra os gestores públicos com o objetivo de solucionar em definitivo o crônico problema de atendimento médico especializado na comarca de Toledo. MINISTÉRIO PÚBLICO DA COMARCA DE TOLEDO”.

 

 

A Casa de Notícias frequentemente acompanha as ações do Ministério Público, no intuito de assegurar os direitos legais dos cidadãos. Os casos e descasos com a saúde pública são alarmantes. Os agentes públicos esquecem-se porque foram eleitos e pouco fazem para resolver os sérios problemas nas gestões do Sistema de Saúde, ano após ano. Resta a sociedade recorrer ao órgão competente, o Ministério Público, para salvar a vida de seus familiares. Entendemos que a ação civil promovida pelo MP não diz que Dieter Seyboth é o único responsável, mas ele esta investido no cargo de chefia, de responsabilidade da Regional, o que o torna corresponsável para buscar soluções e garantir os direitos dos cidadãos, pois afinal, somos nós, através dos nossos impostos, que garantimos o seu salário para administrar de forma eficiente a Regional. Se nada podem resolver nas regionais, se todas as decisões são centralizadas, porque ter este cargo? Para onerar ainda mais os cofres públicos?

O que esperar do MP se não esta medida? Sentar e permitir que a negligência acabe com mais uma vida?

Todos os anos recebemos listas de impostos para pagar e o estado não nos pergunta se temos dinheiro para pagá-los, se estamos empregados ou não. Se não pagarmos o Estado executa nossa dívida, mesmo que para isso percamos nosso patrimônio. Então na hora de ter garantido nossos direitos recorremos a quem?

Bom saber que o MP agiu. Pena que o Estado ao invés de resolver o problema dos cidadãos que agonizam nas filas de espera, coloca seu dirigente embaixo da saia e recorre ao habeas corpus, ou seja, primeira a liberdade do seu homem de confiança, ah! o cidadão... espera mais um pouquinho.

Por Selma Becker

OPINIÃO: PARA REFLETIR

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