A orientação é escolher brinquedos seguros

Brinquedos com pontas ou extremidades cortantes e peças pequenas devem ser evitados, pois a facilidade de se cortar ou de desprender alguma parte do produto e a criança colocar na boca ou no nariz é grande. “Peças pequenas são risco para engasgamento em crianças de até quatro anos de idade”, frisa.
Marta também aconselha que brinquedos com correntes, tiras ou cordas com mais de cinco centímetros sejam evitados. “Eles podem enrolar no pescoço e estrangular a criança”, alerta. Quanto aos materiais, estes devem ser laváveis e as tintas e demais componentes devem ser atóxicas e não descascarem.
O mesmo cuidado deve-se ter na hora de abrir o presente. Os sacos plásticos das embalagens podem causar sufocamento. Grampos e arames podem provocar eventuais machucados. “Orientamos, também, que os adultos estejam muito atentos ao guardar os brinquedos. Se eles ficarem esparramados podem ocasionar quedas”, lembra a coordenadora.
Skates, patins e bicicletas oferecem riscos de tombos e machucados. “Os pais devem calçar os pequenos com sapatos fechados, evitar cadarços soltos para não enroscar nas rodinhas, e, de preferência, insistir para que o filho use capacete”, observa Marta.  “Também é importante não usar esses brinquedos em locais onde tem carro. Veículos são sempre um risco para as crianças se ferirem”, acrescenta.

ENFEITES DE NATAL
Embora crianças fiquem fascinadas pela decoração de Natal, guirlandas, bolas e pisca-piscas podem esconder perigos. “Para garantir a segurança dos pequenos, evite enfeites que sejam afiados ou quebráveis, como bolas de vidro, e mantenha outras decorações com partes pequenas longe do alcance delas”, avisa a coordenadora da Área de Acidentes e Violências do Ministério da Saúde, Marta Silva.
Outra dica é não usar enfeites que pareçam doces ou alimentos, para evitar que as crianças se confundam. Também é importante não deixá-las sozinhas em locais com piscas-piscas. A curiosidade pode levá-las a pegar a decoração e colocar na boca, o que pode causar choque com a fiação, por exemplo. 

Por Ana Paula Ferraz, da Agência Saúde