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PECUÁRIA

La Niña é ameaça para a agricultura

Novamente sob influência direta do fenômeno La Niña, provocado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o clima para a agricultura brasileira tende a registrar chuvas dentro da média para a maior parte das áreas produtivas nos primeiros meses de 2012. A exceção é o Sul do país, que deve seguir castigado pelo clima seco. A estiagem extrapola as fronteiras brasileiras e afeta também lavouras de grãos da Argentina e do Uruguai, o que tem colaborado para sustentar as cotações de produtos como milho, soja e trigo nas principais bolsas do mundo nas últimas semanas.

04/01/2012 - 08:35


Previsões
De acordo com previsões da Somar Meteorologia, as lavouras gaúchas continuarão a sofrer mais com a escassez hídrica, mas a luz amarela permanece acesa para o Paraná e, já no Centro-Oeste, também para Mato Grosso do Sul. Na Argentina e no Uruguai também não há previsão de chuvas significativas nessas primeiras duas semanas de janeiro. Desde novembro com precipitações bem abaixo da média, o Rio Grande do Sul é o terceiro maior Estado produtor de grãos do país. No ranking do milho, a cultura gaúcha mais afetada até agora, está na quinta posição, segundo dados da Conab.

Paraná
O Paraná, maior produtor nacional de milho, e Mato Grosso do Sul, produtor de grãos considerável e novo polo canavieiro, também padecem com a estiagem. Chuvas entre 20 mm e 30 mm são esperadas para a região de Cascavel (PR) e para Dourados (MS) até 15 de janeiro, mas não em patamares que tragam tranquilidade ao produtor, segundo a Somar. Isso porque, explica Etchichury, esses Estados tiveram forte seca em dezembro, que se prolongou por mais de 20 dias.


Geadas
A notícia ruim é que novamente há chances de ocorrência de geadas no inverno, a partir de julho. De acordo com Etchichury, na referida estação o fenômeno La Niña deve perder força e o clima, assim, deve voltar à "neutralidade". "A ocorrência de geada no inverno de algumas regiões de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná é o padrão climático, não é atípico", explica. "A cana é que se expandiu para essas áreas que têm risco natural de geadas", diz o meteorologista.

Safrinha
No cultivo de grãos, o alerta da Somar recai sobre os produtores rurais adeptos da chamada "safrinha" (segunda safra). Segundo Etchichury, de forma geral as chuvas do primeiro semestre do ano dificilmente se estendem até maio nas regiões de grãos do Centro-Oeste. Devem parar na primeira quinzena de abril. Com isso, não é recomendado, segundo ele, extrapolar a janela de plantio da segunda safra nem para milho e nem para algodão, prática comum em regiões mato-grossenses. "O risco climático será grande", avisa o especialista.

Valor Econômico

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