Recentemente, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou o projeto da Solbravo, denominado “Produção de telhas de polímeros de baixo custo com células fotovoltaicas encapsuladas para a geração de energia renovável em moradias populares”. A aprovação tornou possível a incorporação de dois novos profissionais à equipe multidisciplinar da empresa: um físico especializado em fenômenos fotoelétricos e um desenhista de produtos.
Na primeira fase do projeto, as pesquisas se concentraram no encapsulamento em resina da célula fotovoltaica. Os técnicos da Solbravo fizeram testes de eficiência e durabilidade, inserindo a célula em diferentes tipos de telhas que pudessem protegê-la e, ao mesmo tempo, deixá-la exposta à luz.
Com o reforço na equipe viabilizado pelas bolsas de estudos do CNPq, a empresa está iniciando uma nova fase de pesquisa, mais desafiadora. De acordo com um dos sócios, Marcos Brehm, a ideia é deixar de utilizar células prontas e passar a fabricar e incorporar as fontes fotovoltaicas no próprio material que compõe a telha.
“É um projeto desafiador, porque a tecnologia para a fabricação de células fotovoltaicas no Brasil ainda é pouco disseminada. Existe apenas um fabricante e poucas frentes de pesquisa”, afirma Brehm, ressaltando que a maioria dos painéis solares instalados no Brasil utiliza células de silício cristalino importadas.
SMART GRIDS
Outra frente de estudos da Solbravo são as chamadas redes smart grids. Trata-se de redes integradas, em que as residências que dispõem de painéis fotovoltaicos ligados a um inversor de frequência podem injetar a energia gerada na rede pública (permitindo, inclusive, que essas casas consumam menos energia do que geram).
Junto ao inversor, é instalado um cabo de rede para monitorar o quanto de energia está sendo gerado. “Essa iniciativa é vital para a estratégia de desenvolvimento da empresa, porque permite o retorno do investimento de forma mais acelerada por parte dos clientes dos produtos Solbravo”, diz outro sócio da empresa, Paulo Bastos Jr.
ENERGIA FOTOVOLTAICA
O fenômeno fotovoltaico ocorre a partir de duas camadas de semicondutores, uma dopada positivamente e a outra negativamente com materiais que levam cada fóton (partícula elementar da luz) incidente no local a fazer com que um elétron pule de uma camada para a outra, gerando uma corrente elétrica.
Existem várias formas de aproveitamento da energia solar. Um dos métodos mais simples é o uso de canos pretos expostos ao sol, que retêm calor para o aquecimento da água. Outra forma é a concentração de luz, ou seja, usinas repletas de espelho que refletem toda a luz para um duto em que passa um fluído (geralmente sal líquido), que aquece água, gera vapor e gira uma turbina conectada a um gerador elétrico. O líquido pode ser armazenado para permitir que o processo continue em períodos sem sol.
Mais informações podem ser obtidas no site www.solbravo.com.br.
Da AE Notícias
GERAL
Empresa incubada no Tecpar pesquisa telhas que aproveitam energia solar
Uma empresa instalada na Incubadora Tecnológica de Curitiba (Intec), do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), está desenvolvendo novas soluções para o aproveitamento da energia solar. O foco da Solbravo S/A é o conceito conhecido como Building Ontegrated Photovoltaics (“Construção de Sistemas Fotovoltaicos Integrados”), que consiste na substituição de painéis solares fotovoltaicos por telhas especiais que incorporem sua função.
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