O protesto – que envolverá servidores de todas as universidades estaduais – foi aprovado durante assembleia geral convocada pelo SINTEOESTE (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Superior do Oeste do Paraná), realizada ontem (03) em Cascavel e que contou com a presença de dirigentes dos sindicatos que representam as demais IEES (ASSUEL – SINTESPO – SINTEEMAR – SINTESU). Além da manifestação, os servidores da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) definiram por unanimidade paralisar as atividades também no dia 16 de fevereiro nos Campi da instituição.
Os trabalhadores presentes estabeleceram um prazo limite para que seja aprovado pelo governo na Assembleia Legislativa do Paraná, as propostas do PCCS (Plano de Cargos Carreiras e Salários) dos técnicos e docentes. A data definida foi o dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, que coincide com o período de data-base da categoria do funcionalismo público. Esse será mais um prazo dado pelos servidores, visto que a proposta unificada do PCCS, discutida em assembleias, foi protocolada pelos sindicatos representativos dos servidores das IEES no dia 20 de maio de 2011.
Além disso, o acordo firmado entre os sindicatos, a SETI (Secretaria de Estado Tecnologia e Ensino Superior), SEAP (Secretaria de Estado Administração e Previdência) e DRHs (Departamento de Recursos Humanos), era que ambas as propostas (técnicos e docentes) seria aprovada na Assembleia ainda em 2011.
A presidente do SINTEOESTE, Francis Mary Guimarães Nogueira, destaca que o prazo estipulado de 1º de maio é tempo suficiente para que o governo apresente e aprove uma proposta concreta de alteração da carreira dos servidores e técnicos. “Nossa proposta, definida em conjunto com os demais sindicatos, foi protocolada ainda em 20 de maio de 2011 e o governo já descumpriu outros prazos acordados em mesas de negociações. Então estamos dando mais essa oportunidade para que o governo se sensibilize com as reivindicações da categoria. Tudo depende da vontade política e da prioridade por parte do governo”.
A escolha do dia 16 de fevereiro como data do protesto na capital do Estado coincide com o dia que ficou acordado para que a SETI/SEAP apresente um primeiro esboço contendo as alterações na proposta de PCCS apresentada pelos servidores, que teve artigos considerados inconstitucionais, segundo parecer da PGE (Grupo Jurídico Setorial da SEAP). “Estaremos em Curitiba no dia 16 de fevereiro fazendo essa manifestação de massa com o intuito de pressionar o governo”, lembra Paulo Porto, diretor de Assuntos Intersindicais do SINTEOSTE.
Porto destaca que a greve por tempo indeterminado foi descartada temporariamente durante a assembleia com os trabalhadores, porém tudo dependerá dos encaminhamentos dados até o dia 1º de maio. “Neste momento a possibilidade de greve foi afastada, pois entendemos que este é o último instrumento a ser utilizado pelo trabalhador, queremos esgotar todas possibilidades de negociação”, diz o docente, que faz uma avaliação sobre o atual governo. “Diferente do governo anterior, que não tinha receio de ir para o enfrentamento, o atual governo tenta manter uma relação cordial, de diálogo, que é mais inteligente, mas não significa na prática avanços à categoria, ao contrário, se revela mais perigoso e prejudicial ao trabalhador”, avalia.
Outro ponto definido na assembleia é que será agendada uma reunião de servidores técnicos e docentes com deputados da base do Oeste e Sudoeste com o intuito de solicitar o apoio às reivindicações da categoria.
Da Assessoria
EDUCAÇÃO
Assembleia define protesto e paralisação para o dia 16
Os servidores das universidades estaduais do Paraná iniciaram o período letivo de 2012 em estado de alerta em virtude do descumprimento por parte do governo estadual da aprovação dos PCCS (Plano de Cargos Carreiras e Salários) dos técnicos e docentes das IEES (Instituições Estaduais de Ensino Superior). Uma grande mobilização em massa foi programada para o dia 16 de fevereiro em Curitiba com o intuito de pressionar o governador Beto Richa e reforçar o pedido da imediata alteração das carreiras técnica e docente, luta iniciada pelos servidores ainda em 2008.
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