Na audiência pública no Senado convocada para analisar a relação da insegurança da população com as atuais leis penais em vigor no Brasil, Gonçalves disse que o debate na comissão está levando em consideração experiências de tribunais de outros países. “A proposta [em discussão] não descriminaliza o aborto. O mantêm como crime, tendo em vista a experiência de tribunais internacionais que entendem que o direito da mãe e do feto são contemplados constitucionalmente, mas leva em consideração a situação das mulheres que abortam”, disse.
De acordo com o relator, a proposta em debate sugere, entre outros pontos, a descriminalização da antecipação do parto para fetos anencéfalos [sem partes do cérebro]. “Estamos propondo que não seja crime a antecipação do parto dos bebês que não tenham cérebro. Ninguém é a favor do aborto. A nossa discussão é saber em que medida quem o fizer será criminalizado. Não deliberamos nesse sentido, mas ampliamos as hipóteses em que não haverá sanções para quem fizer o aborto”.
Gonçalves disse ainda que a proposta altera questões legais relacionadas ao crime de estupro, como a diferenciação entre estupro anal, vaginal e oral. A ideia é aumentar a pena de quem comete mais de um tipo de estupro. “Hoje, não há diferenciação".
Da Agência Brasil
POLÍTICA
Comissão que estuda modernização do Código de Processo Penal não vai propôr descriminalização do aborto
O procurador regional da República Luiz Carlos Gonçalves, relator-geral da comissão de juristas criada para propôr a modernização do Código de Processo Penal, disse hoje (8) que a proposta em debate não prevê a descriminalização do aborto, mas amplia as hipóteses em que não haverá punição para as mulheres que vieram a se submeter à prática.
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