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PECUÁRIA

Nova estimativa reduz para 21% quebra causada pela estiagem na safra de verão

A quebra na safra de verão 2011/12 no Paraná não deverá ser tão expressiva quanto se previa. Estimativa divulgada nesta sexta-feira (23) pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná indica que deverão ser colhidos 17,55 milhões de toneladas de grãos – o que representa uma quebra de 21% em relação aos 22,30 milhões esperados inicialmente. O levantamento de fevereiro indicava uma quebra de 23%. O prejuízo financeiro é estimado, em valores atuais, em R$ 3,42 bilhões.

23/03/2012 - 13:18


O relatório constatou redução nos prejuízos causados nas lavouras do milho da primeira safra pela estiagem que castiga o Estado desde o fim do ano passado. Juntas, as principais culturas de verão – soja, milho primeira safra e feijão da primeira safra – somam perdas de 4,8 milhões de toneladas. A soja responde por 71% desse volume.
Apesar da queda de produção desta primeira safra, o levantamento realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) aponta para uma safra total de grãos de 30,73 milhões de toneladas, a quarta maior da história do Estado.
O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, ressalta a importância da segunda safra de milho que está em curso. Ele lembra que o Paraná é um exportador e fornecedor de milho para os Estados vizinhos do Sul e Sudeste, além de importante produtor de frangos, suínos e bovinos de leite, grandes consumidores de milho. “Com a redução da produtividade na primeira safra, estamos de olho na segunda, que se tornou a principal em nosso Estado”, afirmou.
Em relação à safra de inverno que se aproxima, Ortigara observa que embora o trigo apresente uma expectativa inicial de redução de área, a cultura ainda é de grande expressão omercial para os produtores paranaenses. “Estamos ampliando o Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural, como instrumento mitigador de risco. Buscamos baratear os custos para o pagamento do prêmio de seguro, com vistas a melhorar a margem de renda dos produtores de trigo”, disse o secretário.
Para o ano de 2012 o chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Carlos Simioni, prevê uma área de 871.750 hectares com trigo, o que representa uma diminuição de 17% em relação ao ano passado. Em condições climáticas normais a produção de trigo poderá superar em cerca de 2% o resultado da safra passada, atingindo um volume de 2,48 milhões de toneladas.
De acordo com Simioni, os prejuízos resultantes da seca só não foram maiores graças ao empenho dos produtores paranaenses, que ano a ano vêm utilizando mais e novas tecnologias para o plantio e manejo das suas lavouras. “A utilização de sementes mais produtivas e práticas conservacionistas, como proteção do solo e da água, são algumas das recomendações da assistência técnica e pesquisa que estão sendo adotadas pelos agricultores em nosso Estado”, afirmou.

CULTURAS DE VERÃO
O levantamento do Deral informa que foram plantados 4,37 milhões de hectares de soja. A produção apontava para uma safra de 14,07 milhões de toneladas do grão. Com a estiagem, o volume esperado da cultura caiu para 10,71 milhões de toneladas, uma redução de 24%, que está resultando num prejuízo de R$ 2,78 bilhões aos produtores.
A região mais prejudicada foi o Oeste, onde deixaram de ser produzidas cerca de 1,41 milhão de toneladas de soja. Na região Norte do Estado o volume perdido foi de 717 mil toneladas, seguida pelo Sudoeste, com 494 mil toneladas, e do Centro-Oeste com 325 mil toneladas. Nas últimas semanas a cotação da soja apresentou reações que podem reduzir em parte os prejuízos dos produtores paranaenses.
O milho da primeira safra, plantado durante a primavera de 2011, também teve perda expressiva. A estimativa de produção, inicialmente de 7,60 milhões de toneladas, foi reduzida para 6,31 milhões, uma perda de 1,29 milhão de toneladas (17%). Os prejuízos financeiros apurados até o momento foram de R$ 492,9 milhões.
Outro produto penalizado pela estiagem, conforme o levantamento técnico realizado pelo Deral, foi o feijão da primeira safra, que teve quebra de produção de 20%. A estimativa inicial, que era de 434.631 toneladas, foi reduzida para 348.410 toneladas – o que representa um prejuízo de R$ 152,78 milhões aos produtores. No caso do feijão, também, o aumento nos preços está compensando parte das perdas.

Da AE Notícias

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