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GERAL

Centrais de negócios impulsionam pequenas empresas, no PR

A formação de centrais de negócios é uma opção inteligente de cooperação que tem impulsionado a competitividade de grupos formados por micro e pequenas empresas, no Paraná. O modelo reúne empresários que atuam no mesmo segmento de mercado e incentiva os gestores a trabalharem uma série de ações em conjunto, como uma alternativa viável para reduzir custos e aumentar o volume de negócios gerados. 

12/06/2012 - 08:13


No Paraná, de acordo com um levantamento realizado pelo Sebrae, são cerca de 60 centrais de negócios em operação. Dessas, 19 foram implantadas com o apoio do Sebrae/PR, a partir de uma metodologia desenvolvida pela entidade e aplicada nacionalmente para auxiliar a formação desses grupos empresariais. 

Entre os segmentos de empresas que já atuam em conjunto, no Estado, estão supermercados, lojas de material de construção e construtoras, farmácias, lojas de decoração, produtores de café e orquídeas, confecções, autocenters, peças agrícolas e, também, no setor de Tecnologia da Informação (TI). 

Segundo o consultor do Sebrae/PR, Marcos Uda, a estruturação de centrais de negócios torna as empresas mais competitivas, já que o modelo aplicado objetiva que os empresários possam efetuar compras em conjunto, realizar vendas em conjunto ou ambos, além de contratar serviços especializados, realizar ações de marketing, entre outros benefícios, que permitam aos pequenos negócios ganhos em escala.

"Entre as vantagens de fazer parte de uma central de negócio está a possibilidade de realizar negociações, tanto de compra quanto de venda, em conjunto, o que amplia o leque de produtos e o poder de compras é maior, já que aumenta a quantidade e a bonificação pode ser mais vantajosa", explica Marcos Uda. 

Para estruturar uma central de negócio, explica o consultor do Sebrae/PR, é importante que os empresários ‘comprem' a ideia de trabalhar em conjunto e, principalmente, se organizem para sensibilizar outros empresários a fazerem parte da iniciativa. 

"O ideal é que uma central de negócio comece com, no mínimo, 15 pequenas empresas. Mas, quanto maior o número de empresas, os ganhos serão mais significativos e os resultados serão mais expressivos", observa Marcos Uda. 

Com a metodologia desenvolvida pelo Sebrae, os gestores de micro e pequenas empresas encontram, além de orientações, um guia para ajudar na implantação desse modelo. "O Sebrae é como um norte para os empresários, já que orienta todo o processo de planejamento de uma central de negócio, com cursos e capacitações, e, também, no processo de expansão dessas centrais", ressalta. 

Outra vantagem para as empresas, ao atuarem em centrais de negócios, é a parceria estabelecida com os fornecedores. Em algumas situações, promoções de produtos e ações com brindes são financiadas por empresas fornecedoras e, ainda, o know-how(conhecimento) desses fornecedores é transferido para as empresas das centrais, com a realização de cursos e palestras, que aperfeiçoam a forma de vender produtos. 

"Na região norte, onde foi constituída a primeira central de negócios do setor de TI, do Brasil, os empresários conseguiram negociar, a um custo baixo, um curso com a Microsoft, já que a demanda de interesse era grande", conta Marcos Uda. 

Exemplos 

A primeira central de negócios estabelecida no Paraná, constituída a partir da metodologia do Programa Central de Negócios do Sebrae Nacional, foi formada por empresários integram o Arranjo Produtivo Local - APL da Confecção Moda Sudoeste. 

A primeira compra realizada em conjunto pelas empresas do setor de confecção e vestuário da região foi em dezembro de 2008. Antes, porém, os empresários participaram das etapas para a formação da central. "Hoje, são mais de 30 empresas que participam", conta o consultor do Sebrae/PR, Marcos Uda. 

Outro exemplo de organização e pioneirismo vem do norte do Estado. Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) formaram a Central de Inovação, Desenvolvimento e Negócios Tecnológicos (CINTEC), a primeira central de negócios do setor, estabelecida no Brasil. A CINTEC foi fundada em de maio de 2010, por um grupo de empresários de Londrina e Região, após 15 meses de preparação. 

"É um grupo de empresários que se caracteriza pela organização. Para 2013, eles planejam unir esforços a outros grupos de empresas do setor de TI, no Estado, para criar uma grande rede", ressalta o consultor do Sebrae/PR.

Troca de experiências

Em setembro, o Paraná vai sediar o 3º Encontro Nacional de Redes e Centrais de Negócios, promovido pelo Sebrae. O evento será realizado em Foz do Iguaçu, no oeste do Estado. A participação de centrais de negócios, de todo o País, é fundamental para ampliar o debate sobre como acontece a gestão desse modelo de negócio, explica Marcos Uda.  

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