A coordenadora da campanha Cresça da Oxfam no Brasil, Muriel Saragoussi, lembrou que um terço dos alimentos produzidos no mundo vai parar no lixo, enquanto cerca de 1 bilhão de pessoas passam fome no planeta. “Isso não faz sentido”, disse. Um dos exemplos citados no estudo trata do consumo de maçãs – cerca de 5,3 bilhões de unidades estragam todos os anos apenas nos seis países onde as entrevistas foram feitas.
Reduzir o consumo de carne e de derivados do leite também é uma alternativa indicada pela ONG, em razão da frequente prática da pecuária extensiva (criação de bovinos em grandes terrenos, mas com baixa produção). “Nossa ideia é empoderar [fortalecer] as mulheres consumidoras como autoras das mudanças nos padrões de consumo e de desperdício”, explicou Muriel.
O Brasil aparece no levantamento como um país onde 70% dos alimentos consumidos são fruto da agricultura familiar. “É dela que vem o alimento que está na sua mesa e na minha mesa, mas eu preciso saber como isso é feito e me importar em apoiar o agricultores familiares”, destacou a coordenadora da Oxfam. Segundo ela, um alimento orgânico vendido em supermercados brasileiros chega a ser até 400% mais caro em relação aos comercializados em feiras de produtores.
“No Brasil, as mulheres parecem bastante conscientes e desejosas de aumentar sua capacidade de poder escolher. Elas querem saber como economizar, como comprar no comércio justo e buscam informações”, disse. Entre as entrevistadas, 57% das brasileiras declararam que se chateiam quando jogam alimento fora, contra 39% no Reino Unido, por exemplo.
Da Agência Brasil
GERAL
Reduzir desperdício e comprar produtos da estação podem ter impacto importante no sistema alimentar global
Estudo divulgado na quarta-feira (18) pela organização não governamental Oxfam indica que pequenas mudanças no consumo dos alimentos, como reduzir o desperdício, comprar produtos da estação e cozinhar de forma eficiente, podem provocar impactos gigantescos no atual sistema alimentar global. A pesquisa ouviu mulheres residentes em cidades de seis países: Brasil, Índia, Filipinas, Reino Unido, Espanha e Estados Unidos. O documento propõe novas maneiras de se consumir alimentos com base em princípios que incluem também o apoio a agricultores familiares.
Mais lidas
- 1Violência contra crianças avança e desafia sociedade: casos dobram em 10 anos no Pequeno Príncipe
- 2Mãos à obra: dada a largada para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
- 3Com apoio do Biopark Educação, equipe ProteJá vence o Campus Mobile e leva inovação ao Vale do Silício
- 4Let’s Dance: Evento marcou 10 anos de valorização da dança e fomento da economia cultural em Toledo
- 5Toledo tem 6º maior Índice de Desenvolvimento Municipal do Brasil, diz Firjan
Últimas notícias
- 1Maio Laranja: PCPR orienta como identificar e prevenir violência contra crianças
- 2Anvisa inicia monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos
- 3Plataforma de gestão desenvolvida pelo TI para unidades de saúde é lançada
- 4Médium Divaldo Franco morre aos 98 anos, em Salvador
- 5Toledo é referência em festas gastronômicas no campo e na cidade