Pequenas atitudes da população são suficientes para obter resultados positivos no combate ao mosquito da dengue. Atos como descartar corretamente tudo que acumula água, manter tampados tonéis e barris de água, manter calhas, canos e ralos desentupidos, virar garrafas e vasilhames, não deixar pneus onde possam acumular água, tampar a caixa da água e deixar as lixeiras cobertas auxiliam na proliferação do inseto.
O Poder Público de Toledo – desde o ano passado – tem promovido ações de conscientização e educação ao combate a dengue. No entanto, o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes Aegypti (LIRAa) - realizado entre os dias 6 e 9 janeiro – apontou que dos 1.763 imóveis vistoriados 186 apresentaram infestação, isto é, 10,6%. Este índice é menor em comparação ao mesmo período no ano passado quando estava em 14%. Naquele momento, o prefeito Beto Lunitti e demais profissionais do governo promoveram uma ação emergencial: o Mutirão da Dengue. Nesta ação, as equipes de trabalho recolheram mais de 1 mil tonelada de material propicio a ser criadouro do Aedes Aegypti.
O prefeito de Toledo, Beto Lunitti, anunciou ações para a melhoria do índice, como: a contratação de mais 10 agentes de combate às endemias; promoção de campanhas educativas; reestruturação da coleta seletiva e realização de mais uma etapa de coletas de recipientes nas residências por meio de mutirão. “No ano passado quando assumi o Governo Municipal lembro que Toledo estava prestes a ter uma epidemia de dengue. No entanto, um trabalho desenvolvido entre as secretarias, o envolvimento dos setores e a comunidade resultou no recolhimento de vários tipos de materiais”.
Beto Lunitti alerta para o percentual encontrado neste levantamento, o qual é considerado alto. Ele destaca que no primeiro Liraa deste ano os bairros que apresentaram índices elevados pertencem as classes consideradas alta e média da cidade. Entre os cincos bairros que mais apresentaram uma maior incidência de casos são: La Salle, Vila Becker, América, Maracanã e entorno do Lago Municipal. “A dengue não tem classe social ou local. É um problema do governo municipal, mas também da comunidade”.
Diante de todo o esforço de alerta da dengue a população, o Poder Público – segundo Lunitti – começara a emitir multas para as pessoas que forem reincidentes com relação a infestação do mosquito da dengue. Os valores oscilam entre R$ 57 a R$ 570. “É uma situação de alerta. É preciso lembra que a dengue mata e a população tem conhecimento das dificuldades que temos em relação a situação de internamento nos hospitais. A comunidade precisa começa a fazer a sua parte, pois o maior índice de infestação foi dentro das residências”.
Para o coordenador de Controle e Combate às Endemias, Genair Grunevald, combater a dengue é um ato de cidadania. Ele recorda que no ano passado, o Poder Público promoveu inúmeras atividades educacionais e de conscientização a sociedade. “Firmamos parcerias com clubes de serviços, empresas, escolas, entre outros”. Entretanto, o coordenador enfatiza que apesar da conscientização, alguns moradores são reincidentes e a Promotoria de Toledo nos alertou para o uso desta ferramenta. “Nós iremos primar pela educação, conscientização e bom senso, porém há casos que todas as medidas foram esgotadas e nos resta a multa”.
Grunevald informa que nesta semana acontece uma exposição na Indústria Alimentícia BRF. A empresa possui cerca de oito mil colaboradores e o objetivo desta ação é mostrar a forma correta de armazenamento dos materiais e, principalmente, os perigos da doença. Em 2013, sensibilizada com o trabalho, a BRF fez a doação de um caminhão para auxiliar nas atividades de combate à Dengue.
O secretário de saúde, Edson Simionato, reforça a necessidade da população está consciente e eliminar os locais de proliferação do mosquito. Simionato salienta que o Município não oferece condições de atender uma situação grave de dengue devido ao número de leitos de UTI disponíveis pelo SUS. “O mosquito da dengue se urbanizou e não tem solução se a população não tiver consciência, pois a maioria das larvas foi encontrada nos quintais e dentro das residências”.
O secretário de saúde pondera que os profissionais do Município estão capacitados para identificar os sintomas da doença e realizar a notificação. Os sintomas da dengue iniciam de uma hora para outra. A pessoa infectada pode apresentar febre alta, dor de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, manchas vermelhas na pele, entre outros sintomas. Ao observar dois ou mais destes sintomas, procure imediatamente uma unidade de saúde. Caso já tenha sido diagnosticada a doença e apresentar dor abdominal ou vômito, procure novamente à unidade de saúde, pois pode ser a forma grave da doença.
Neste ano, não há casos confirmados na cidade. Nove casos suspeitos estão sendo investigados em Curitiba e em Toledo foram realizados os bloqueios mecânico e químico num raio de 150 m do local de trabalho e da residência do paciente. “As condições climáticas são favoráveis a proliferação do mosquito e precisamos de ações e a colaboração da população. A dengue se torna um problema maior de saúde pública”.