As melhorias e ampliação das estruturas públicas de saúde estão presentes na Catequese da Cidadania, programa que rege as ações do governo municipal. Dentro deste contexto, na terça-feira (11), o prefeito Beto Lunitti visitou as obras de acabamento do Hospital Regional, que iniciou a fase de acabamento. Em algumas alas já ocorreu a instalação de revestimentos e do forro. A previsão é que os trabalhos no HR estejam concluídos ainda no primeiro semestre.
Acompanhado dos secretários de Planejamento Estratégico, Jadyr Claudio Donin, e de Saúde, Edson Simionato, e do diretor de Acompanhamento e Execução do Plano Diretor, José Carlos de Jesus, Beto verificou detalhes da obra e foi informado sobre o andamento dos trabalhos. “Fomos recepcionados pelo proprietário da (Construtora) Endeal, Nalmir Fontana Feder, que nos repassou dados sobre o andamento das obras e alguns detalhes que estão sendo alterados para se adequarem as normativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), conforme prevê o aditivo realizado pela administração municipal”, comentou o prefeito.
No mês de dezembro, após vários estudos, foi detectada a necessidade de adequações devido à inconformidade dos projetos complementares com o que havia sido aprovado pela ANVISA. Na ocasião, a administração municipal, por meio do Fundo Municipal de Saúde, firmou com a construtora Endeal, responsável pelas obras, o termo aditivo de execução das obras do Hospital Regional, no valor de R$ 1.319.670,69. A decisão foi tomada após aproximadamente oito meses de avaliação técnico jurídico. O aditivo contempla, por exemplo, adequações na estrutura, cobertura e parte da rede hidráulica do prédio.
O diretor José Carlos de Jesus, que acompanha as obras desde seu início, em abril de 2012, afirmou que neste momento o Hospital Regional tem 85% dos trabalhos concluídos. “Acreditamos que a obra seja entregue ainda no primeiro semestre”, lembrou.
Equipamentos e mobiliário
O secretário de Saúde de Toledo, Edson Simionato, informou que já está cadastrada no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal (Siconv) a solicitação de R$ 16 milhões, por meio de recursos do Ministério da Saúde (MS), para equipar o HR. “Precisamos aguardar a liberação destes valores para iniciarmos o processo licitatório e adquirir o que será necessário para o funcionamento do Hospital”. Simionato ainda lembrou que o prefeito Beto Lunitti tem solicitado constantemente o apoio dos deputados da região para tentando acelerar a liberação.
Funcionamento do HR
Com uma capacidade inicial de 88 leitos, com salas de atendimento, de cirurgias, Unidades de Tratamento Intensivo (UTI’s), entre outras alas, o acolhimento de pacientes no Hospital Regional será exclusivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a forma com que a nova estrutura será administrada. Para entrar em funcionamento, segundo o secretário de Saúde, Edson Simionato, algumas hipóteses têm sido estudadas em conjunto com os outros municípios que terão o HR como referência. A primeira delas é que a nova unidade seja um Hospital Universitário, aproveitando a vinda do curso de Medicina, por meio da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
“Sabemos que atualmente as instituições de ensino superior não têm assumido mais a administração de hospitais, mas o governo federal, atualmente, possui uma empresa para este fim”. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) foi criada em 2011, com a finalidade de dar prosseguimento ao processo de recuperação dos hospitais universitários federais. Ligada ao Ministério da Educação (MEC), a EBSERH, por meio de contrato firmado com as universidades federais que assim optarem, atua no sentido de modernizar a gestão dos hospitais universitários federais, preservando e reforçando o papel estratégico desempenhado por essas unidades de centros de formação de profissionais na área da saúde e de prestação de assistência à saúde da população integralmente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Outra opção é o Governo Estadual assumir os trabalhos da mesma forma como já acontece em alguns hospitais em outras regionais de Saúde. Por fim, existe a possibilidade da criação de um consórcio para o gerenciamento do Regional, ou que isto aconteça por meio do Ciscopar. Edson Simionato afirmou que esta é uma hipótese que esbarra em dificuldades como recursos, já que os municípios teriam que arcar com as despesas, e também pela falta de expertise em relação à administração hospitalar. “Nenhuma cidade da região possui um hospital desta magnitude mantido por meio de gestão pública. Nos faltaria conhecimento técnico aprofundado, além de esbarrarmos em uma situação difícil que são as questões ligadas ao limite prudencial em folha de pagamento e outros entraves”. Durante o ano de 2013, foram promovidos encontros com representantes dos municípios que compõe a 20ª Regional de Saúde buscando uma solução para o impasse, porém ainda não há uma definição. “O que queremos é ter este hospital em funcionamento o mais rápido possível, porém, apesar de estar em Toledo, é algo que precisa ser decidido em conjunto”, frisou Edson.
Da Assessoria - Toledo