“Desde a implantação do programa em Toledo, em 2006, reduziu o número de crianças e adolescentes auxiliando na reciclagem do lixo e venda de produtos, mas percebe-se que o trabalho infantil ainda está presente nas famílias, especialmente com menores assumindo as responsabilidades da casa e com crianças menores”, afirma ela. Segundo a assistente social, é importante que as crianças e adolescentes tenham obrigações na casa e contribuam fazendo pequenas tarefas, mas não cabe a elas a responsabilidade que é dos pais nos cuidados com a casa e também com crianças menores. Ações como estas, diz, caracterizam trabalho infantil e precisam ser combatidas.
Esta postura também é trabalhada nas entidades que atendem estas crianças e adolescentes e seus pais. “Não é que elas não podem fazer nada, mas não deve estar sob a sua responsabilidade o cuidado total da casa ou com crianças menores, enquanto os pais estão fora”, observa. Nesta idade, a brincadeira, as atividades lúdicas, o esporte, a cultura são importantes para a formação, assim como os estudos. Uma das exigências para participar do programa é estar estudando regularmente. Por isso, as atividades são oferecidas no contraturno escolar.
Em 2006, quando o PETI foi implantado em Toledo, a maioria dos beneficiados eram filhos de catadores, vendedores de picolés, entre outros produtos. Hoje, este tipo de atividade em Toledo reduziu, segundo a assistente social, mas ainda persiste o trabalho doméstico e também a responsabilização das crianças e adolescentes com os irmãos menores, enquanto os pais estão trabalhando fora.
O atendimento às crianças do PETI é feito em Toledo através de entidades locais e escolas em projetos realizados nos distritos de Vila Nova, Novo Sarandi e Ouro Preto, no interior do município, e no Dorcas da Vila Pioneiro e Jardim Coopagro, Circo da Alegria, Centro de Atendimento Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC), Ação Social São Vicente de Paulo, Casa de Maria e Núcleo de Atendimento Integral à Criança e ao Adolescente (NACA).
Da Assessoria - Toledo