Casa de not%c3%adcias   1144 x 150  %281%29

INDÚSTRIA

Fiasul reinaugura fábrica mais moderna da América Latina três anos após incêndio

A previsão de produção total da Fiasul, a partir de janeiro de 2018, é de 1.500 toneladas por mês

18/12/2017 - 18:44


Era por volta das 9h30 do dia 19 de setembro de 2014 quando o Corpo de Bombeiros foi acionado para conter um incêndio na Fiasul. No ano em que comemorava 20 anos de história, a indústria toledana de Fios viu o sucesso da finalização do processo de renovação industrial ser encoberto pela fumaça preta que se formou sobre a fábrica e se espalhou pelo bairro. 

A indústria contava, na época, com duas linhas de produção, a Penteado, com 27 filatórios em operação, e a Open End, com 11 filatórios, sendo o último recém instalado. A capacidade de produção era de 1.300 toneladas/mês. Mas o incêndio mudou os planos da empresa, que pronta para colher os frutos dos investimentos e trabalho precisou se reconstruir, literalmente, das cinzas.

No dia seguinte, a manchete da Casa de Notícias destacava:

“Incêndio destruiu 50% da indústria Fiasul, prejuízo ainda será apurado”

O fogo destruiu a planta da Open End. Para a reconstrução foram necessários mais de R$ 60 milhões em investimento. Mas, hoje (18), três anos e três meses, depois, a empresa reinaugura a fábrica, ainda maior, mais segura e competitiva. Nas palavras do sócio Diretor, Rainer Zielasko, durante o evento de reinauguração, gratidão:

“No momento em que o incêndio teve início 130 colaboradores estavam na fábrica e eles lutaram, assim como o Corpo de Bombeiros e as brigadas de incêndio que nos auxiliaram. Não foi possível salvar a Open End, mas a Penteado foi salva e se tornou o nosso motor nesses anos. Nos reunimos todos aqui hoje, porque esse renascimento se deve a muitas pessoas, inclusive aqui presentes. Por isso, esse é um momento de gratidão. Saímos mais forte e com energia para enfrentar os próximos anos”.

Zielasko, que comparou a empresa com uma ave Fênix, destacou a importância do apoio dos sócios e lembrou com emoção o posicionamento do sócio diretor, Augusto Sperotto, na época em viagem à Espanha. “Quando comunicamos, ele nos disse: graças a Deus que todos estão vivos. Vamos reconstruir”.

Segundo Sperotto a composição dos recursos para o investimento foi oriunda do seguro que a empresa mantinha, R$ 5 milhões de financiamento via BNDES, além do investimento de recursos próprios dos sócios. O sócio diretor também lembrou que foi firmado um acordo com o Estado, onde a empresa receberá alguns incentivos. “Através do Paraná Competitivo a empresa terá abatimento do ICMS relativo a energia elétrica consumida e a postergação, em 48 meses, do pagamento do ICMS gerado pelo incremento da produção, com a retomada da produção nesta parte da indústria”, explicou.

Presente no encontro, o Governador do Estado, Beto Richa, lembrou que esteve na indústria em 2012, dois anos antes do incêndio, para inauguração de obras de ampliação. Ele destacou a força da Fiasul e seu potencial. “Sua reconstrução pegou um momento em que houve recessão econômica. Acompanhamos as dificuldades enfrentadas por essa empresa e conseguimos contribuir com os programas do nosso governo. Eu vim aqui hoje trazer meu abraço e ver o que ocorre quase todos os dias no Paraná: crescimento, desenvolvimento, geração de empregos, geração de renda e grandes investimentos. Isso nos dá uma alegria e nos deixa ainda mais otimistas como crescimento do estado do Paraná, que tem contribuído de forma decisiva para o Brasil sair da crise e reencontrar o caminho do crescimento, do desenvolvimento, e acima de tudo, da geração de emprego e renda”.

Em clima de descontração, o sócio Diretor, Rainer Zielasko, comentou durante o evento: “Esse calor que está fazendo aqui hoje é para que todos saibam minimamente o que a gente passou”. Assim como após o processo de auto-combustão a Fenix renasce das próprias cinzas, a Fiasul reinaugurou sua fábrica, após a destruição, em um dia de calor intenso coroado com uma pancada de chuva. “Nascemos de um sonho, renascemos das nossas próprias cinzas, e hoje estamos preparados para continuar a crescer, a gerar emprego e renda, e a fabricar os melhores fios”, finalizou.

Linha Open End

A fábrica abrigará, além das máquinas necessárias para a preparação do algodão, dez máquinas Open End importadas da Alemanha – sete delas já instaladas, a oitava chega no dia 20 deste mês, a nona e a décima chegarão no início do próximo ano. A tecnologia está no interior da fábrica e também na estrutura do espaço, que recebeu um novo layout e a instalação de máquinas e equipamentos de proteção, como o eficiente sistema de prevenção de incêndio importado dos Estados Unidos. A previsão de produção total da Fiasul, a partir de janeiro de 2018, é de 1.500 toneladas por mês.

C%c3%b3pia de web banner 1144x250px