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SAÚDE

Dobram os casos confirmados de HIV-AIDS em Toledo em 2010

O Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, celebrado neste dia 1º de dezembro, aponta que ainda há pouco que se comemorar em Toledo. Somente de janeiro até agora, foram 22 novas confirmações de HIV-AIDS no município e para cada caso confirmado, podem existir até 10 que desconhecem ter a doença.
Os dados deste ano mostram que mais do que dobrou o número de novos diagnósticos comparado a 2009 quando foram 10 confirmações.

01/12/2010 - 10:26


Se analisados os últimos cinco anos, foram diagnosticados no município 232 nova infecções. Desde 86 quando surgiu o primeiro caso na cidade, já foram mais de 300 testes positivos. A doença silenciosa, muitas vezes sem muitos sinais evidentes e que segue sem cura, pode ser contornada se o portador mantiver o uso continuo dos medicamentos conforme o indicado. Mas a garantia de sucesso no tratamento só ocorre se o diagnóstico for precoce.
Segundo a diretora técnica em saúde do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (CISCOPAR), Denise Franz, existem pessoas que fazem tratamento há mais de dez anos e que levam uma vida normal, respeitando as limitações, mas como o chamado coquetel é bastante caro, não se sabe até quando o governo consiga custeá-lo. “Muitas pessoas se descobrem doentes tarde demais e não há mais muito o que fazer, por isso detectar cedo é tão importante”, lembra. Para isso, o SUS disponibiliza gratuitamente desde 2008 o chamado teste rápido. Ele pode ser feito nas unidades de saúde e em apenas 15 minutos pode se saber o resultado.

A feminização da AIDS

A doença que preconceituosamente ficou conhecida na década de 80 como de homossexuais e de usuários de drogas está se proliferando cada vez mais entre as mulheres, principalmente em idade reprodutiva. O que já chegou a ser uma diferença considerável comparados homens e mulheres infectados hoje já pode ser tratado quase que em pé de igualdade. Existe na região de Toledo 1.8 mulher portadora para cada homem infectado. Há 20 anos esta proporção era pelo menos cinco vezes maior – quase 10 homens com a doença para cada mulher - e a tendência é para que ocorra uma inversão em breve.
Segundo a diretora, já se esperava uma mudança para este ano, mas estima-se que em pouco tempo existam mais mulheres infectadas do que homens.
Para sensibilizar sobre estes dados e conscientizar à prevenção, algumas atividades acontecem nesta quarta-feira durante todo o dia. Algumas precisaram ser canceladas por conta das chuvas, mas os interessados podem saber mais sobre os sintomas, infecções, prevenção e testes na sede do CISCOPAR, ao lado do HOESP Bom Jesus.
Acompanhe a entrevista completa em vídeo com Denise Franz no portal da Casa de Notícias.

 

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