Com o tema ‘Modelo de Farmácia Pública de Fitoterápicos’, a coordenadora do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) no município de Toledo, Elenir Rudek, realizou uma palestra no 4º Simpósio de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no Sistema Público de Saúde, em Fortaleza, no Ceará, no mês de agosto.
Toledo tem um histórico em fitoterapia desde 1984, época em que foram distribuídos compêndios em forma de livro sobre o uso correto da medicina caseira. Segundo Elenir, o município foi citado e elogiado diversas vezes por outros palestrantes. “De maneira geral Toledo está à frente de outros municípios em relação à assistência farmacêutica. A Farmácia Escola existe há mais de 10 anos e a Farmácia de Manipulação funciona desde 2006”, comentou.
Acadêmicos de todo o País, profissionais da área de saúde e profissionais atuantes nas Práticas Integrativas e Complementares na Saúde (PICS), participaram do evento. “Pude ver juntamente com os demais estados brasileiros que o Simpósio proporcionou aos participantes conhecimentos atualizados sobre o assunto”, disse Elenir. O encontro foi realizado pelo Conselho Federal de Farmácia do Estado do Ceará em parceria com o Conselho Regional de Farmácia (CRF-CE), Secretaria de Saúde do Estado do Ceará – Núcleo de Fitoterápicos e Universidade Federal do Ceará.
Fitoterapia em Toledo
Com boa aceitação da população, a utilização de plantas medicinais para o tratamento de doenças tem tido bons resultados. As plantas utilizadas para o tratamento são cultivadas pelos jovens do programa Florir Toledo e as formulações são preparadas na Farmácia de Manipulação do município. O médico da família, Fernando Pedrotti, afirmou que prescreve esse tipo de medicação com frequência. “É um resgate daquilo que nossos pais, avós e bisavós já utilizavam, muitas vezes de uma forma empírica, sem conhecimento científico, baseando-se apenas na experiência. Hoje há uma racionalidade científica sobre isso, e por isso pode-se utilizar essa tipo de medicação”, comentou.
A coordenadora PNPMF no município de Toledo, Elenir Rudek, informou que a fitoterapia é mais uma opção de tratamento no SUS. “O paciente é avaliado, e antes de passar a utilizar a medicação química, ele passa pelo tratamento com fitoterápicos e chá, que possui menos efeitos colaterais e menos contra indicações”.
Elenir ainda contou que a partir de 2015, os servidores envolvidos no projeto de fitoterápicos no município passaram a desenvolver um estudo científico para registrar o que foi feito com as plantas medicinais em feridas. “Este estudo também faremos em parceria com os acadêmicos de uma universidade, que ajudarão a registrar e mostrar tudo o que foi feito com as plantas medicinais no Ambulatório de Feridas”. Segundo Elenir, o objetivo é substituir o soro fisiológico pela calêndula para o tratamento de feridas. “Isso já é feito há certo tempo e os resultados tem sido excelentes. Agora só o que temos que fazer é registrar, e para isso precisamos fazer o estudo científico”, contou.