Atendendo aos 18 municípios da 20º Regional de Saúde, o Hospital Bom Jesus comemorou na terça-feira (15) 44 anos de funcionamento. O local é a retaguarda para as redes Paraná Urgência e Mão Paranaense. Atualmente, o hospital recebe investimentos dos municípios que usufruem do atendimento, além do Estado e também da União. Durante a comemoração do aniversário do local, o Governo do Paraná confirmou mais investimentos para o hospital.
Desde 2011, o Governo do Estado já aplicou mais de R$ 10 milhões em recursos próprios no hospital, com o objetivo de ampliar a oferta de serviços e melhorar a qualidade do atendimento. A unidade conta com uma infraestrutura moderna e equipe qualificada.
Na solenidade de aniversário do hospital, o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, destacou que os investimentos realizados demonstram o compromisso do governo estadual em apoiar hospitais estrategicamente importantes para suas regiões. "Aqui em Toledo temos um exemplo claro de uma entidade filantrópica que se preocupa com o bem estar da população. Por isso, seremos sempre parceiros para que o hospital continue com este trabalho de excelência, que resulta diariamente em vidas salvas", afirmou Caputo.
Estrutura Hospitalar
Atualmente, o Bom Jesus conta com 215 leitos gerais, pronto-socorro, maternidade, centro cirúrgico e enfermarias. Cerca de 70% dessa estrutura é voltada para atendimentos pela rede pública de saúde. Ao todo, são 30 leitos de UTI disponíveis ao SUS, sendo 20 para atendimento adulto e 10 para recém-nascidos de risco ou prematuros.
Apesar de estar em funcionamento, 14 desses leitos de UTI (10 adultos e 4 neonatais) ainda não foram habilitados pelo Ministério da Saúde e, consequentemente, não recebem recursos do governo federal. A falta do repasse gera um déficit mensal de aproximadamente R$ 200 mil ao mês.
Até este mês de setembro, o déficit estava sendo coberto pelas prefeituras municipais da região, através do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste (Ciscopar). Mas houve um pedido dos prefeitos de que o Estado voltasse a arcar com a despesa, que seria de responsabilidade do governo federal.
Importância do Estado
"Somando este e outros compromissos, vamos repassar mensalmente R$ 635 mil para garantir que o Bom Jesus não feche nenhum serviço, mas sim amplie cada vez mais sua atuação", explicou Caputo Neto.
Além dos R$ 200 mil mensais de custeio da UTI, são mais R$ 250 mil ao mês do programa estadual de apoio aos hospitais públicos e filantrópicos do Paraná (HospSus) e R$ 185 mil referente a um novo convênio destinado para compra de insumos e medicamentos.
De acordo com o superintendente do Hospital Bom Jesus, Thiago Daross Stefanello, sem os recursos do Estado o fechamento dos leitos era iminente. "O processo de credenciamento dos leitos junto ao Ministério não tem avançado e não há perspectivas de quando será concluído. A partir de outubro, não teríamos condições de manter a UTI adulto 2", conta.
Na terça-feira, todos os 30 leitos de UTI do SUS estavam ocupados, o que mostra a importância da manutenção do serviço dentro do hospital. A maior parte dos pacientes eram vítimas de acidentes de trânsito ou de problemas cardiovasculares, como o AVC (acidente vascular cerebral).