No dia 20 de setembro acontece em Toledo, o evento: Cultura Celta: música, magia e arte – A Porta de Entrada dos Mistérios da Natureza. A ação será realizada no auditório da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, a partir das 15h. O encontro objetiva divulgar a cultura Celta, além de promover um ambiente de encontro para pessoas com as mesmas afinidades intelectuais e o mais importante: a busca do autoconhecimento. O evento é promovido por uma instituição cultural e antropológica sem fins lucrativos e marcará o início do curso de Gnosis, vinculado ao grupo de estudos sobre a Cultura Celta, que durará cerca de três meses com encontros dominicais, totalmente gratuito.
Segundo o conferencista da Associação Cultural Gnóstica Samael Lakhsmi, Christian Kuhn, a pergunta inicial da maioria das pessoas pode ser - O que leva uma pessoa atualmente, a se interessar em estudar as antigas culturas, mais especificamente culturas tidas como pagãs, com tantas outras opções disponíveis? O que a Cultura Celta tem a nos ensinar? Quem são os Celtas? “Apesar da força assombrosa do materialismo e do agnosticismo em nossa sociedade capitalista e imediatista, é impossível deixar de notar como, ironicamente, a indústria cultural literária e cinematográfica nunca produziu e lucrou tanto com temas como Elfos, Fadas, Magia e assuntos tidos como ‘sobrenaturais e místicos’, temas imediatamente relacionados com os Celtas”, explica. O agnosticismo, de acordo com Kuhn, é um posicionamento filosófico e ideológico que nega a possibilidade de conhecer efetivamente assuntos metafísicos e místicos como: Deus, espíritos, vida após a morte, magia, etc. “É um primeiro passo ao indiferentismo e ateísmo, muito comum nos dias de hoje. Se o agnóstico nega a possibilidade de conhecer essas coisas, o ateu defende convictamente a posição de que Deus e outras coisas “místicas” não existem! E quem acredita que é possível conhecer essas coisas, que há uma verdade por traz desses temas tão estigmatizados? Como poderíamos designá-los?”, complementou.
Gnosis
Para tratar de todos esses assuntos, o estudo da Gnosis pode ser um dos caminhos, no entanto, o que é Gnosis? Esse termo grego, amplamente utilizado pelos filósofos antigos e até pelos primeiros cristãos, significa conhecimento. Diferente do conhecimento teórico e especulativo, a Gnosis é um conhecimento transcendental, que além de tratar de compreender os fenômenos exteriores, se fundamenta no conhecimento interior, no autoconhecimento, na intuição.
Segundo Kuhn, a Gnosis é uma sabedoria “Perene et Universal”, que sempre esteve presente em todas as épocas e em todas as culturas. “É a expressão da essência humana, manifestada em todas as formas religiosas, mitológicas, através da história da humanidade”, disse. O estudioso faz uma analogia com uma árvore: “A Gnosis é tronco de uma grande árvore de quatro raízes, a saber, Ciência, Arte Filosofia e Religião, cujos inúmeros galhos são a múltiplas formas religiosas legítimas que se apresentaram a humanidade”, explicou. “Hoje em dia é difícil imaginar a possibilidade de um conhecimento comum a todas as grandes religiões e culturas da humanidade. Mas para isso, basta observar a universalidade dos símbolos. Um grande exemplo é a cruz, que além do cristianismo, esteve presente para os egípcios, para os antigos povos védicos, para os Celtas e até mesmo para os Astecas. Enfim, esses e muitos outros temas serão tratados em nosso grupo de estudos que será formado após o evento de domingo. Estejam todos convidados”, finalizou Kuhn.