No livro "O mal-estar da civilização" (1930), Sigmund Freud compreendia que a maioria das pessoas só trabalha porque existe a pressão da necessidade. Embora a realidade possa ser diferente desse conceito, uma pesquisa realizada pelo ISMA Brasil (International Stress Management Association) demonstra que, em 2014, 72% dos brasileiros se declaravam insatisfeitos no trabalho. Um número alarmante e assustador que confirma: a tal “Síndrome da Segunda-feira” está indo muito além deste dia da semana.
Mesmo diante disso, os especialistas garantem: o otimismo e a satisfação profissional podem ser alcançados com mais facilidade do que se imagina. Diego Nicolau é coach e no cotidiano da Kasulo Desenvolvimento Humano, os questionamentos são os grandes salvadores dessa situação. “O profissional de coaching vai questionar a pessoa para que ela veja além dos seus próprios questionamentos: são questões que vão de fora para dentro, para que aconteçam mudanças e reflexões de dentro para fora, de modo que a pessoa saiba qual caminho deve seguir utilizando os recursos que ela já possui para isso”, pontua.
Tudo começa quando existe a percepção de que a simples ideia de ir ao trabalho já vira um pesadelo com potencial para progredir – ou regredir – para uma bela dor no estômago. “A pessoa termina o domingo com aquele terror por precisar começar a semana e, quando ela começa, o fim de semana é a única meta do profissional. Então, nesse ponto, chega a hora de se perguntar: será que estou fazendo a coisa certa e trabalhando naquilo que tenho prazer?”, explica Diego. “É preciso entender que trabalho, prazer e satisfação não são coisas diferentes e precisam andar juntas. Isso é uma consequência para o sucesso”, acrescenta.
Se neste ponto você perceber que está no caminho errado, é hora de se fazer outros questionamentos: quais são os meus talentos? O que eu faço melhor do que ninguém? O que eu faria mesmo se não recebesse um real por isso? Quais são as minhas competências? “Esses talentos e competências estão atrelados às suas paixões, por isso é importante conseguir separar o que é um talento e o que é apenas um hobby. Aqui as ferramentas utilizadas no processo de coaching podem auxiliar muito”, afirma.
O preço que se paga
Ao constatar a insatisfação e tomar as devidas atitudes para mudar este panorama, é preciso se perguntar: qual o preço que estou pagando para trabalhar insatisfeito?! “A partir daí, começamos a traçar um plano de ação. São vários os cenários: no primeiro, a pessoa não quer mais trabalhar na atual empresa, mas trabalharia em outra do mesmo segmento. No segundo cenário, a pessoa não está contente com o cargo que possui, mas gosta da empresa em que está. Outro cenário, um pouco mais radical, seria o de sair da empresa e começar a empreender. Isso tudo será definido nas sessões de coaching”, evidencia Nicolau.
Com metas traçadas e trajetos planejados, é chegada a hora de perceber que tudo é possível: inclusive ser feliz no trabalho. “Sem impor escolhas, o coaching leva você para onde você quiser ir. É esse o nosso objetivo: mostrar que estar satisfeito na carreira é algo alcançável e, mais que isso, extremamente importante”, destaca o coach.
Não tenha medo!
Mudar de trabalho pode parecer algo difícil, mas Diego aconselha: as mudanças podem ser drásticas ou mais leves e, mesmo assim, significativas. “Quando a pessoa vê que está em algo que não gosta, ela tem que se perguntar o que eu vou perder e o que eu vou ganhar continuando assim? Outra coisa interessante de se pensar é: o que eu quero ser daqui a 10 anos? Com o coaching, pensar nisso tudo é possível e muito mais fácil”, aconselha.
Fonte: Contelle Assessoria de Comunicação