O nome parece estranho IPv6, mas se trata da mais nova versão do chamado Internet Protocol – IP (protocolo de Internet). Este é o padrão que permite à conexão a rede mundial de computadores. O IPv6 é a modernização da Internet e está alinhada ao protocolo da Internet das coisas, ou seja, seu carro poderá contar com um IPv6.
A nova versão do IP conta com capacidade quatro vezes maior que a versão anterior o IPv4. Enquanto o projeto original tinha 32 bits (quantidade máxima de IPs disponíveis), o que parecia na época o suficiente, hoje com as novas regras de distribuição dos protocolos e o maior acesso a Internet, os 4 bilhões de combinações previstas no IPv4 não são suficiente, por isso a nova versão conta com 128 bits.
O diretor da Toledonet Telecom, Marcos Claudemir Thielke explica o que muda nesta tecnologia. “Antes era com o IPv4, que contém um NAT (Network Adress Translator), ou seja, um tradutor de endereço de rede, onde nós entregávamos um IP válido na casa do cliente para que todos na casa pudesses se conectar. Com o IPv6 cada dispositivo receberá um IP”.
O IPv6 é um protocolo que funciona no mesmo formato da Internet das Coisas. “Teu celular recebe um IP que você pode conectar com demais dispositivos (carro, geladeira, portão elétrico...). Ao conectar seu celular com seu carro será possível localizá-lo via GPS, ou se eu quiser conectar ao portão eletrônico da sua casa, ele terá um IP e pelo celular você poderá ver a imagem da pessoa que está diante dele e abri-lo”, observa Thielke.
A possibilidade de gerenciamento eletrônico das coisas requer preparo técnico das equipes, por isso os profissionais da Toledonet Telecom participaram recentemente de curso de capacitação no Parque Tecnológico de Itaipu – PTI, em Foz do Iguaçu. “Fizemos um treinamento e estamos à frente para operarmos nesta nova tecnologia aqui na região. A Toledonet está preparada para oferecer a tecnologia que promete mudar as nossas relações com as coisas e com o tempo, porque com o IPv6 você consegue ter mais coisas conectadas a Internet com a mesma velocidade e de forma mais eficiente”.
A nova versão do IP também veio para superar algumas limitações da versão anterior. “Foi-nos entregue 65 milhões de IPv6 e estamos fazendo testes em lugares pilotos. Para quem gosta de assistir filmes, vídeos na Internet vai observar a diferença. Não vai mais ter aquelas pausas de carregamento porque vai diretamente na fonte do que você está procurando na internet e não necessita de conversores”, explicou o diretor da Toledonet.
O IPv6 superou algumas falhas da versão anterior, como a do IPSec (IP Security), pois agora fornece funcionalidades de criptografia de pacotes que garantem integridade, confidencialidade e autenticidade. Por outro lado, o alto número de endereços se torna inviável o uso de técnicas de varredura de IP em redes para encontrar possíveis hots com vulnerabilidades. “O serviço melhora consideravelmente, mas os cuidados com os dispositivos também devem aumentar, já que não há um NAT (Network Adress Translator), ou seja, o dispositivo não precisa mais converter a informação que você pesquisou, não está mais escondido dentro de uma rede, mas sim diretamente conectado na internet. Com isso, o cliente deve ter mais cuidado com os riscos de invasão. Ano passado foi recorde de invasões e apenas 13% dos computadores do mundo estão conectados ao IPv6”, alerta Thielke.
A migração para o IPv6 é gradual, não precisa de nenhuma intervenção do cliente e deve estar concluída em julho.