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AMBIENTE

Programa municipal promove o controle da erosão hídrica

O Programa de uso e conservação de solos agrícolas e águas, do município de Toledo, entra em processo de licitação e vai atender 60 produtores rurais. O programa visa dar manutenção ou melhoramento da capacidade produtiva dos solos, evitando seu esgotamento ou deterioração provocada por fenômeno naturais ou por ação humana. A prática conservacionista que será implantada neste programa é o terraceamento. Serão investidos quase R$ 300 mil pela parceria Prefeitura e Itaipu.

14/07/2015 - 16:35


Esta é uma das práticas mecânicas mais antigas e eficientes no controle da erosão hídrica, pois promove a interrupção do fluxo laminar da enxurrada e redução de perdas do solo.

O Programa tem como amparo legal a Lei 2.198 de julho deste ano, que foi sancionada, nesta semana, pelo prefeito Beto Lunitti, que destacou a política como mais uma ação de promoção e fortalecimento da produção rural. “Esta Lei é mais um Programa de auxílio ao produtor rural. Já temos os Programas de agricultura de precisão para 200 produtores; os condomínios para a bacia leiteira que atende 500 produtores; as hortas que beneficia 50 produtores; a fruticultura com 20 produtores; a aquisição de distribuidores de dejetos líquidos para produtores da Bacia do Rio Marreco e Lajeado Grande; a compra de equipamentos para AAVIOPAR, AFAQUEIJOS E PROORTO; a aquisição de área para implantação do Pólo de Processamento de Pescado em Novo Sarandi, a contratação de horas/máquina para construção, reforma e manutenção de açudes e ainda a compra da área para construção do Centro Agropecuário. Enfim, o Programa de conservação de solos é mais um e conta com a parceria da Itaipu”.

A diretora de desenvolvimento agropecuário de Toledo, Geni Serafin explica que o Programa vem ao encontro do Convênio firmado entre o município e a Itaipu Nacional. “Dentro deste convênio temos diversas ações e uma delas é a Conservação de solos e esta Lei vem dar o amparo legal para desenvolvermos e executarmos o Programa de conservação de solos e água”.

Geni Serafin revela que o Programa tem 60 produtores cadastrados na região oeste do município. “É uma região que tem bastante declive e no ano passado nos meses de maio a julho houve muitas precipitações e a erosão apareceu. Então em conjunto com o Conselho do Meio Ambiente, Conselho do Desenvolvimento Rural nós elaboramos o Projeto de Lei conservação de solos e águas, que tem um artigo que permite ao município investir nas propriedades para promover a conservação de solos e águas”.

A diretora destacou que o Programa foi submetido à Itaipu. “O Programa foi aprovado e teve o reconhecimento do Gilberto Kurasz da Itaipu que disse que nosso trabalho será referência aos demais municípios pela riqueza e qualidade das informações apresentadas”.

Geni lembra que serão aplicados recursos em parceria com a Itaipu. “Neste primeiro momento a Itaipu vai investir R$ 170 mil e o município R$ 113 mil, os serviços serão licitados o que poderão reduzir os valores, devido à concorrência. Serão atendidas 60 propriedades, nossos técnicos foram a campo e fizeram todos os projetos individuais”.

A empresa que será licitada executará serviços relacionados à prática conservacionista de terraceamento. “Sabemos que as práticas conservacionistas são diversas como o plantio direto, a rotação de cultura, mas especificamente, nesta ação, faremos o terraceamento”.

A erosão

A erosão é o principal processo que remove os nutrientes do solo e ela está no centro dos problemas do diagnóstico ambiental na área rural, onde as causas e os efeitos da erosão se correlacionam resultando numa série de desequilíbrios, tais como: redução de produtividade e renda dos produtores, aumento de custo de produção, assoreamentos de reservatórios e cursos d’água, inundações e outros.

Entenda a prática

O terraceamento é uma das práticas mecânicas mais antigas e eficientes no controle da erosão hídrica, consistindo na interrupção do fluxo laminar da enxurrada e redução de perdas do solo. Baseia-se no parcelamento das rampas, isto é, em dividir uma rampa comprida em várias rampas menores, por meio da construção de terraços.

Os terraços têm a finalidade de reter e infiltrar, ou escoar lentamente, as águas provenientes da parcela do lançante imediatamente superior, de forma a minimizar o poder erosivo das enxurradas, forçando a absorção da água da chuva pelo solo, ou a drenagem lenta e segura do excesso de água.

Áreas atendidas

Toledo ocupa uma área de 1.197,016 km², possui mais de 130 mil habitantes, sendo que 11.054 habitantes estão no meio rural. As 6.116 propriedades existentes no município são pequenas, com média de 33,7ha. Possui em sua grande parte da área rural, áreas planas e com pouca declividade. Porém, em especial, a região oeste do município, especificamente nas comunidades de Cerro da Lola, São Salvador, Km 41 e Linha União, apresenta uma declividade mais acentuada.

 

 

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