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EDUCAÇÃO

Fracking é tema de Reunião Pedagógica com as coordenadoras das escolas municipais

A intenção é que os coordenadores possam levar as informações para as escolas e os professores possam trabalhar a questão com os alunos do ensino fundamental

22/09/2015 - 17:08


Mais uma das reuniões pedagógicas previstas no calendário da Secretaria Municipal de Educação de Toledo (SMED) para 2015, aconteceu nesta terça-feira, dia 22. No entanto, um novo tema foi inserido na pauta do encontro, que contou com a participação das coordenadoras pedagógicas das 36 escolhas municipais do município: o fracking (extração de gás xisto por meio de faturamento hidráulico).

Para falar do tema, o secretário de Meio Ambiente, Leoclides Bisognin, foi convidado pela SMED para o encontro. “É importante que as coordenadoras pedagógicas saibam do que é que nós estamos falando, o mal que causa o fracking e a proteção que nós devemos ter com o nosso meio ambiente”, afirmou Bisognin. O secretário também frisou o movimento contra o fracking, marcado para o dia 4 de outubro, às 17h, no Parque Ecológico Diva Paim Barth. “Toda população está convidada para participar. Tanto os que já aderiram a causa, como aqueles que tem dúvidas sobre o assunto”, disse. 

Para a secretária de Educação, Tania de Grandi, essa é mais uma ação de fortalecimento da educação pedagógica. “Como todos temos responsabilidade nesta temática, resolvemos realizar esta atividade para que na sequência os professores façam uma abordagem pedagógica dentro das escolas, com estratégias e conteúdos, para trabalharmos com os nossos alunos da rede municipal”, contou Tania.

A coordenadora pedagógica da área de Ciências da SMED, Vaníria Bianchi, comentou que o fracking ainda é um assunto novo e que é tratado de forma que somente adultos entendem. “Então hoje nós vamos tratar sobre fracking de uma maneira metodológica para que o coordenador que está aqui presente tenha informações técnicas a respeito, mas também com a possibilidade de ter uma linguagem mais simplificada para que o aluno que esteja no ensino fundamental tenha compreensão dessa situação”, afirmou.

Quem também organizou a atividade foi à coordenadora de Educação Ambiental da SMED Luci Kun. “Foram apresentadas uma série de textos baseados em legislação, vídeos e reportagens sobre o assunto, porque de certa forma isso chega à escola de uma forma informativa e de fácil compreensão a todos os alunos”, disse.

Mobilização contra o Fracking

Para resolver detalhes da mobilização e também conhecer um pouco mais sobre o movimento contra o Fracking que acontece em todo o Brasil, na última sexta-feira (18), representantes das entidades 350 Brasil e Coalizão não Fracking Brasil COESUS conversaram com autoridades e comunidade em geral os riscos à saúde e a economia provocados pelo Fracking, tecnologia de exploração do gás xisto nas camadas profundas do subsolo.

O risco do uso desta tecnologia é iminente, pois a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) promete novo leilão de lotes para exploração de xisto no Brasil. O leilão o qual Toledo está inserido está suspenso, por medida judicial. Lideranças e sociedade civil prometem grande mobilização para o dia quatro de outubro, véspera do leilão.

A representante da 350 Brasil, Dra. Nicole Figueiredo de Oliveira, que é articuladora internacional da luta contra o Fracking comentou sobre o impacto do uso da tecnologia no meio ambiente. “Países como Inglaterra, Estados Unidos, Canadá e França tiveram milhares de agricultores envolvidos nessa luta contra o fraturamento hidráulico, dizendo não. A Inglaterra e os Estados Unidos tiveram sua agricultura impactada. Hoje, os agricultores usam a água do fracking para irrigar os alimentos, que não podem mais serem exportados e ficam contaminados. A produção econômica agrícola é impactada diretamente e negativamente”.

Outro caminho que a sociedade organizada tem buscado é o caminho jurídico para evitar a implantação do fraturamento hidráulico no Brasil. “Entraremos com todas as medidas judiciais cabíveis para, mais uma vez, judicializar como aconteceu com o 12º leilão. A questão é: 1º grau, 2º grau, sempre há o risco de termos essas demandas judiciais derrubadas e de uma hora pra outra esse fantasma, esse horror estar aí nas nossas casas”, destacou.

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