A intenção com a medida é melhorar o fluxo de acolhimento dos pacientes evitando que os cidadãos precisem chegar ao local antecipadamente. “Muitas vezes as pessoas aguardam na fila e não conseguem ser atendidos pela falta de fichas. Com o sistema, com agendamentos acontecendo durante todo o período de atendimento da Unidade, as pessoas podem ser orientadas”, comentou a secretária de Saúde, Denise Campos.
Para as pessoas que desejam apenas o agendamento para consultas eletivas – de caráter não urgente – são realizados pela recepção. Já os cidadãos que procuram a UBS com alguma situação de emergência – com dores, febre ou outros sintomas – passam pelas consultas de enfermagem. “Nestas situações existe, caso o profissional de enfermagem julgue necessário, a possibilidade do atendimento do médico ou do encaminhamento para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A pessoa já vai com uma carta de referência explicando o porquê do direcionamento para a emergência”. O enfermeiro pode solicitar o transporte especializado do SAMU ou ambulância do município se o caso exigir este serviço.
Conforme explicou a secretária Denise Campos, algumas unidades básicas de saúde já realizavam agendamentos, porém cada uma tinha autonomia para definir qual a forma. “Agora estamos padronizando. Para isso realizamos reuniões com as equipes das unidades expondo o sistema. Nos locais onde já implantamos têm dado certo”. Denise acrescentou que a nova organização das agendas médicas permite mais acesso aos serviços básicos de saúde. “Antes o cidadão passava, via aquela fila imensa e não buscava o atendimento. Agora ele vai à UBS no horário em que a unidade está aberta e é acolhido”, comentou.
Para realizar os agendamentos os pacientes deverão comparecer a Unidade Básica de Saúde munido de documentos pessoais, Cartão SUS e comprovante de residência. “Hoje existe uma divisão por território, com cada unidade atendendo os pacientes de sua área de abrangência”, disse Denise. O porte destes documentos permitirá manter o cadastro de usuários sempre atualizado.
Protocolo de enfermagem contribui para os agendamento
No mês de setembro foi sancionada a Lei “R” Nº104/2015 autorizando o Governo Municipal a promover a institucionalização de protocolos assistenciais de enfermagem na rede pública de saúde do município. A lei atende uma demanda antiga da categoria, que passa a ter respaldo das ações executadas de forma padronizada normatizando as atividades assistenciais de enfermagem, conforme o preconizado pelo Ministério da Saúde.
De acordo com a lei aprovada, coube a Comissão de Enfermeiros a elaboração e apresentação dos Protocolos Assistenciais de Enfermagem, mediante a definição de rotinas e fluxos específicos para as áreas da Saúde da Mulher; Planejamento Familiar; Saúde da Criança; Saúde da Pessoa Idosa; Atendimento ao Hipertenso; Atendimento ao Diabético; Atendimento de Imunização; Saúde Mental; Diagnóstico de Hepatites, Sífilis e HIV/AIDS; Saúde do Adolescente; Saúde do Homem; Saúde do Trabalhador; Urgência e Emergência; Ostomias e Feridas; Fitoterapia; Abordagem Sindrômica – Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST); Cuidados e Tratamento de Pacientes com Tuberculose; Cuidados e Tratamento de Pacientes com Hanseníase; Cuidados e Tratamento para Dengue.
Para a coordenadora da Comissão Organizadora de Elaboração dos Protocolos Assistenciais e enfermeira do Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Saúde, Ana Luiza Finkler, esse é um avanço para a categoria, uma vez que já estão definidos esses protocolos pelo Ministério da Saúde. Porém, era necessária a implantação e institucionalização no município. “A padronização dos procedimentos dá mais autonomia e mais resolutividade nas rotinas de trabalho do profissional da enfermagem, elemento essencial no serviço de saúde, pois ele coordena, supervisiona e dirige vários programas. Dentre outras funções, os protocolos permitirão a prescrição de medicamentos e a solicitação de exames de rotina que já estão implantados por determinados programas do Ministério da Saúde”, concluiu a enfermeira.
