Meninos e meninas apresentaram-se no saguão de entrada do Edifício Güerino Viccari ao som do berimbau e palmas e cantando músicas da capoeira. O grupo reúne-se no CEU das Artes, no Santa Clara IV, e integra o Centro Cultural Senzala de Capoeira, que atua há 50 anos no Brasil e há quatro em Toledo. Ele está desenvolvendo um projeto de socialização há três anos em Toledo e trouxe à Câmara Municipal integrantes dos quatro aos doze anos, mas reúne participantes com até 35 anos, segundo explica o coordenador Henrique Laurentino.
O objetivo do projeto é desenvolver cidadãs e cidadãos de bem e para isso busca socializar e integrar os participantes à sociedade. Henrique lembra que o Brasil manteve a escravidão por 340 anos, sendo o último país da América Latina a abolir esta forma de trabalho e a capoeira foi a ferramenta que o escravo usou para ter seus direitos, cultura e e liberdade reconhecidos. O coordenador destaca ainda que o Brasil tem a herança africana na sua descendência, costumes, fala e gastronomia e isso precisa ser reconhecido. “Todos nós brasileiros temos que ter orgulho da cultura negra, lembrar e homenagear toda a luta e sofrimento que tiveram no Brasil”, afirma o coordenador do Centro Cultural Senzala de Capoeira, Henrique Laurentino.