A professora da Unioeste, Zelimar Soares Bidarra comenta que a Rede foi criada a partir do entendimento de que as políticas públicas setoriais podem ser mais eficientes se gerida de forma integrada. “Os profissionais estão muito sozinhos diante de uma problemática que precisaria de uma maior cooperação – um trabalho mais conectado para que haja uma maior fluidez no atendimento do usuário”. Zelimar destaca que foi pensando nesta conexão que foi criada a Rede. “Desejávamos juntar estes profissionais para pensar formas para que este atendimento possa ser interligados, por meio de protocolos, que são procedimentos padrões operacionais”.
A equipe de mobilização pró-intersetorialidade, com membros da Unioeste, MP e e agentes municipais e estaduais promoveram este primeiro encontro de capacitação com o objetivo de alinhar o entendimento da Rede. “Pensamos em fazer este momento especial de capacitação para construir um alinhamento conceitual para que todos possam entender o significado da intersetorialidade e sua importânica”. O Encontro também discutiu e estabeleceu quais as problemáticas a serem priorizadas. “Hoje tivemos um primeiro momento que trabalhamos a Rede, e num segundo momento, elegemos eleitas as problemáticas que vão ocupar os profissionais nos próximos meses para a proposição de protocolos e fluxos de atendimentos”.
A Capacitação contou com cinco grupos de trabalho discutiu casos reais, previamente enviados pelos diversos setores que lidam com a política pública. “Estes grupos debateram e identificaram a problemática de cada caso. Cada grupo trouxe para plenária cinco problemáticas de cada caso, totalizando 25 questões, e destas, foram definidas quais serão priorizadas no início dos trabalhos para a construção de protocolos”, explicou Zelimar.
No próximo dia 10 de dezembro será realizada uma nova reunião onde serão trabalhadas as problemáticas apontadas. “A partir do que foi apontado faremos o levantamento de quais os outros órgãos precisam ser chamados para nos ajudar a pensar nestes procedimentos padrões”.
A professora Zelimar Soares Bidarra aponta que o RIPS pretende reduzir a judicialização do atendimento. “Tem aumentado muito a judicialização do atendimento. Questões que poderiam ter uma solução administrativa se nós estivéssemos juntos, pensando de forma interligada. Nosso grande objetivo é melhorar o atendimento para que os serviços cheguem de forma mais rápida e com mais qualidade aos usuários de todos os serviços de saúde, educação, assistência, da segurança”.
O RIPS pretende envolver os diversos setores responsáveis pelas políticas públicas e envolver o coletivo em cada caso. “Tendo em vista, que as consequências de uma evasão escolar, por exemplo, não é um problema só da educação, mas do conjunto das políticas e da sociedade, todos devem se responsabilizar e buscar uma solução”.
Problemáticas
A RIPS definiu, nesta quinta-feira, doze problemáticas que terão seu fluxos e protocolos discutidos ao longo dos trabalhos da Rede.
1-Acolhimento Institucional de Crianças e Adolescentes
2-Transtorno Mental/Saúde Mental
3-Abuso Sexual em Diferentes Faixas Etárias
4-Ética Profissional
5-Mortalidade Fetal e Infantil
6-Atendimento e Acessibilidade à Pessoas com Deficiência
7-Dependência Química
8-Impactos Ambientais na Produção Industrial e Agrícola na População Toledana
9-Idoso Acamado
10-Criança em Situação de Risco
11-Precárias Condições de Moradia/Habitação
12-Circulação das Informações entre as Políticas e as Intervenções Profissionais