A Família Rotária de Toledo realizará neste fim de semana a campanha Hepatite Zero. A ação acontecerá no sábado (30), das 8h às 12h na Praça Willy Barth, no Centro, e no domingo (31), das 14h às 18h, no Parque Ecológico Diva Paim Barth. A campanha conta com apoio do Rotary Internacional, da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite (ABPH) do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde, do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (CISCOPAR) e da 20ª Regional de Saúde.
O presidente do Rotary Clube Toledo, Edilson José, explicou que a campanha de abrangência nacional tem o objetivo de atingir o maior número de pessoas possível para fazer o exame que detecta a hepatite C. “São 1500 testes destinados à Toledo. O exame é gratuito, indolor, rápido e prático, sendo que o resultado sai na hora e será feito por farmacêuticos do Ciscopar e da 20ª regional”, afirmou.
Os exames são direcionados a pessoas com mais de 40 anos, ou então pessoas tatuadas, independente da idade. “É um momento importante. Uma oportunidade para conferir se está com a saúde em dia, ou então, buscar o tratamento”, disse Edilson.
Hepatite C
A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV), já tendo sido chamada de “hepatite não A não B”. O vírus C, assim como o vírus causador da hepatite B, está presente no sangue. Entre as causas de transmissão estão:
. Transfusão de sangue;
. Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, entre outros), higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings;
. Da mãe infectada para o filho durante a gravidez (mais rara);
. Sexo sem camisinha com uma pessoa infectada (mais rara).
A transmissão sexual do HCV entre parceiros heterossexuais é muito pouco frequente, principalmente nos casais monogâmicos. Sendo assim, a hepatite C não é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST); porém, entre homens que fazem sexo com homens (HSH) e na presença da infecção pelo HIV, a via sexual deve ser considerada para a transmissão do HCV.
O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C aguda é muito raro. Entretanto, os que mais aparecem são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Por se tratar de uma doença silenciosa, é importante consultar-se com um médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam todas as formas de hepatite. O diagnóstico precoce da hepatite amplia a eficácia do tratamento. Existem centros de assistência do SUS em todos os estados do país que disponibilizam tratamento para a hepatite C.
Previna-se
Não existe vacina contra a hepatite C, mas evitar a doença é muito fácil. Basta não compartilhar com outras pessoas nada que possa ter entrado em contato com sangue, como seringas, agulhas e objetos cortantes. Entre as vulnerabilidades individuais e sociais, devem ser considerados o uso de álcool e outras drogas e a falta de acesso à informação e aos insumos de prevenção como preservativos, cachimbos, seringas e agulhas descartáveis. Caso você não saiba onde ter acesso aos insumos de prevenção, ligue para o Disque Saúde (136).
Além disso, toda mulher grávida precisa fazer no pré-natal os exames para detectar as hepatites B e C, a aids e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas, inclusive sobre o tipo de parto e amamentação (fissuras no seio da mãe podem permitir a passagem de sangue).