No mundo em que vivemos, parece que estamos sempre correndo atrás de algo, como se faltasse alguma coisa e nos sentimos vazios. Isso gera muito estresse e um sofrimento emocional muito grande. E adivinha como muitas vezes preenchemos esse vazio? Com comida.
Muitas vezes, a comida é o colo que precisamos. É um afago que satisfaz nossa fome de atenção, carinho, amor e amizades. Quantas vezes comemos só pelo fato de nos sentirmos ansiosos, tristes, frustrados ou até mesmo por estarmos felizes? Além da fome física, temos também a fome emocional ou psicológica.
“Geralmente é ela que nos faz comer mais e mais, apesar de já estarmos satisfeitos ou até passando mal. Deste modo o alimento perde seu papel essencial de nutrição e passa a ser um instrumento que alivia a ansiedade e o medo, por exemplo”, esclareceu a nutricionista e mestre em Desenvolvimento Rural Sustentável, Jaciara Reis.
Por isso, é fundamental aprender a reconhecer a diferença entre fome física e fome psicológica, fazendo-se necessário o reconhecimento dos sentimentos que nos incomodam e que faz com que usemos comida para acalmar algum desconforto emocional.
Diante disso, cada vez que sentirmos desejo de comer devemos nos perguntar: "Estou com fome?", “O que estou sentindo agora”? Não podemos usar a comida como punição, negação, fuga ou recompensa. Devemos tentar identificar o tipo de fome que queremos saciar, tentando ir ao encontro daquilo que realmente nos fará bem.
“Devemos refazer nosso caminho, refletir sobre a nossa experiência, nossas escolhas e, principalmente, sobre nossas escolhas alimentares. Precisamos aprender a lidar com as nossas emoções, e se preciso, buscar ajuda para descobrir as respostas que já estão dentro de nós”, concluiu Jaciara.