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DESENVOLVIMENTO

Hidrovia pode ser uma alternativa para impulsionar o desenvolvimento do Oeste

A instalação de hidrovias para escoar a produção agroindustrial da região modal no Rio Paraná, uma reivindicação antiga dos empresários, voltou a ser debatida.

12/09/2016 - 11:22


Esse foi um dos principais temas discutidos nesta quarta-feira (31), durante o encontro da Câmara Técnica de Infraestrutura e Logística (INFRALOG), do Programa Oeste em Desenvolvimento, no auditório do Sebrae em Cascavel, com a presença de representantes de 30 instituições, desde produtores, cooperativas até universidades.

Segundo o coordenador da Câmara Técnica, Danilo Vendruscolo, o programa trabalha para promover o desenvolvimento da região, e ampliar a competitividade dos produtos é uma das estratégias. “Hoje um dos principais custos é com a logística, quase 20% da. Um valor considerado muito alto”.

Para Vendruscolo, esse custo é elevado porque praticamente todo o trajeto é rodoviário e todo o produto exportado segue para o Porto de Paranaguá. “Nossa meta é que o Oeste utilize outros modais e outros pontos de saída. Acreditamos que os custos serão reduzidos e assim, seremos mais competitivos no mercado externo”.

Hidrovia

O uso das hidrovias como o modal mais barato e adequado para exportar a produção agroindustrial da região foi defendido pelos professores Carlos Paiva, e Carlos Nadal, que fez um estudo de “Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia do Rio Paraguai”, pela Universidade Federal do Paraná.

Segundo Paiva, a hidrovia é muito mais barata que qualquer outro modal. “Quanto mais se usa, mais reduz o custo, mas posso afirmar que cinco barcaças transportam o mesmo que 200 caminhões e utilizam apenas 2,5% do combustível”, disse.

A proposta dos professores não é restringir o escoamento pelos rios, mas unificar vários modais. Paiva explicou que depende apenas de articulações e pouco investimento, pois em Foz – um das cidades do Oeste – já possui um porto que pode ser utilizado e conta com uma cadeia logística própria e altamente qualificada em transporte internacional.

“As cargas viriam por rodovias até Foz e depois seguiria de barcaças através do Rio Paraná para outros países, utilizando principalmente os portos de Buenos Aires e Rosário na Argentina e Montevideo, no Uruguai”, explicou. De lá seguiriam para os principais compradores do Oeste, a China.

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