A Fenaban propôs nesta terça-feira (09) um novo reajuste de 7% aos bancários, PLR e auxílios refeição, alimentação, creche, mais abono de R$ 3,3 mil, em reunião realizada em São Paulo. A proposta foi rejeitada ainda na mesa de negociação e a greve iniciada no dia 1º de setembro continua por tempo indeterminado.
Em nota, a Fenaban disse que "o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa".
A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban - de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. Os sindicatos alegam que a oferta ficou abaixo da inflação projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário.
Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial - no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
A categoria alega que a proposta não contempla as reivindicações de emprego, igualdade de oportunidades, saúde e condições de trabalho, e não repõe a inflação do período, projetada para 9,57% (em agosto). O índice representaria perda de 2,8% nos salários da categoria.
“A proposta da Fenaban significa redução de salários, sem nenhum avanço das cláusulas sociais da minuta. Além disso, a política de abono é um grande retrocesso, pois não é incorporado como benefício, nem refletido nas garantias trabalhistas, como 13º, férias e fundo de garantia”, afirma Idelmar Casagrande, diretor do Sindicato, que representa a Intersindical no Comando Nacional dos Bancários.
Entre as principais reivindicações da Campanha Nacional estão: reajuste de 14,78%, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate ao assédio moral, fim da terceirização, fim das demissões, mais contratações, segurança, defesa das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora, ameaçados pelo governo de Michel Temer.